Patrão atira de 'brincadeira' e funcionário morre na hora com tiro de escopeta

por Mônica Ferreira
com informações do repórter William Bittar e supervisão Caroline Berticelli, da RIC Record TV, Curitiba.
Publicado em 29 out 2021, às 15h59. Atualizado às 16h15.

Uma brincadeira de mau gosto acabou na morte de Mateus Felipe, de apenas 21 anos, em uma distribuidora em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. A vítima trabalhava no estabelecimento e, após fazer uma entrega, foi até o local para encerrar o expediente, quando Jeferson Stresser, de 20 anos, aproveitou para “pregar uma peça” no funcionário. (Assista reportagem abaixo)

De acordo com informações levantadas pela RIC Record TV, o proprietário da distribuidora apontou uma arma para Mateus, sem saber que estava com munições, e disparou. O jovem morreu na hora, na tarde do último sábado (23).

Jeferson, estava com uma escopeta calibre 12 e, antes do crime acontecer, ele havia tirado três munições da arma, sem saber que na realidade, havia mais uma munição.

“A arma estava no carro, eu peguei para mostrar, jamais iria acreditar que tinha munição dentro”,

disse Jeferson, autor do crime.

Após o disparo, Jeferson levou a vítima até o hospital, mas teve medo de ficar.

“Levei no hospital e eles perguntaram o nome dele, eu na hora apavorado não lembrava nem do nome dele, aí eu falei que ia chamar meu irmão porque ele trabalha com o meu irmão”,

relatou Jeferson.

O irmão de Jeferson testemunhou o acontecimento.

“O que levou o tiro que morreu era motoboy. Daí meu irmão chegou aqui, ele nunca vinha aqui, ele pegou a arma no carro, na cabeça dele tinha só três dentro da arma, aí ele levou brincando com o piá e puxou o gatilho, estourou a cabeça do piá, quase chegou em mim. Na hora, desespero total. Arregaçou a cara do piá. Pedaço de cérebro, atrás aqui, saiu tudo”,

relatou a testemunha.

Mateus Felipe trabalhava na distribuidora de água e gás há dois meses. A família da vítima quer justiça.

“Arrebentou com o rosto do meu filho, na boca do meu filho o tiro. Onde já se viu, um amigo, um patrão, dando o sustento para ele. Trabalhando das oito da manhã às sete da noite, trabalhando para ele e ele ter essa frieza, para mim é um calculista”,

disse José Pinheiro, pai da vítima.

Investigação

A arma usada no crime não foi apreendida pela polícia. Jefferson informou aos policiais que jogou ela fora, mas não contou aonde.

O caso é investigado pela Polícia Civil. conforme o delegado responsável, Jeferson assumiu o risco de matar, mas, por enquanto, responde em liberdade.

“Ao que tudo indica houve um dolo eventual, arma não dispara sozinha, só dispara se você colocar o dedo no gatilho”.

disse Ivone Silva, delegado.

“O sangue do meu filho clama por justiça” disse a mãe da vítima.

Veja o vídeo: