Pedreiro desaparece após se envolver em briga de boate na Lapa

Publicado em 12 out 2020, às 16h00. Atualizado às 16h26.

O pedreiro Gilmar Lourenço de Ávila, de 32 anos, desapareceu há mais de 20 dias na Lapa, na região metropolitana de Curitiba, após se envolver em uma briga em uma boate da região.

Em desespero, a família do rapaz afirmou que ele nunca ficou mais de dois dias sem dar notícias. Conforme a mãe de Gilmar, ele era extremamente companheiro e sempre a ajudava com tudo.

“Eu não sei como fazer pra ficar sem ele. Eu acho que o pior aconteceu porque ele nunca deixou de me avisar onde ele tá. Eu to sofrendo muito”.

Pedreiro desaparece e família está desesperada

Gilmar Lourenço de Ávila desapareceu no dia 24 de setembro, e de acordo com testemunhas o pedreiro era usuário de drogas, mas nunca teve passagens pela polícia por tráfico ou qualquer outro crime.

Desde seu desaparecimento, algumas informações já chegaram até a família, e entre a mais preocupante é de que o pedreiro estaria morto.

Em um áudio, uma mulher revela que o corpo do desaparecido estaria no meio do mato.

“Tomara Deus que ele esteja vivo né. Mas falaram que está no meio do mato. Vai ter que rodar aquele matagal ali. Eu se fosse vocês ia lá e rodava aquele matagal inteiro”, disse em áudio uma voz feminina.

Para a mãe de Gilmar, o medo de encontrar o filho morto é desesperador.

“Tenho medo de enfrentar a realidade de que ele tá morto, de que eles mataram ele lá. Só boato que falam falam falam, eu acabei ficando mais doente de tanta coisa que falam pra mim sabe”, desabafou a mãe em entrevista para a RIC Record TV.

gilmar

Conforme outras informações que chegaram até a família, o crime teria acontecido dentro da casa noturna em que o indivíduo estava. No local, Gilmar teria sido espancado e morto.

Segundo Alexandro Matheus, sócio-proprietário da casa noturna, Gilmar esteve no local e chegou de táxi.

“Chegou de táxi com ums garotas, e ele saiu daqui com um rapaz (…). Não sei exatamente o modelo porque não vi. Segundo o que segurança falou pra mim, ele iria sair fora e retornaria de novo pra boate. Como a gente cobra entrada aqui ele até perguntou pro nosso segurança se realmente ia cobrar a entrada de volta, e o segurança falou que não. E ele foi e não voltou mais”, relembrou Alexandro Matheus.

Além disso, o sócio-proprietário do estabelecimento contou que um segurança teria flagrado Gilmar agredindo outro indivíduo dentro da boate.

“Ele falou pra não chamar a polícia porque se não voltaria e mataria todo mundo. Isso ele realmente falou. Não tenho medo de falar a verdade”, disse.

Apesar das diferentes versões, a família do pedreiro alega que as informações não batem, já que alguém de dentro da casa os contou que Gilmar teria saído da boate desacordado e arrastado.

“Se ele devia porque as pessoas não vieram me procurar ao invés de tirar a vida da pessoa. Uma mãe salva a vida de um filho de qualquer jeito. Dava um jeito a gente fazia um empréstimo e pagava né e salvava ele”.

Polícia acredita que pedreiro possa estar morto

Segundo o delegado Vinicius Maciel, a atual linha de investigação acredita que o caso pode ter se desdobrado em um homicídio.

“Mas também temos que averiguar a possibilidade de um desaparecimento voluntário. A situação dele de usuário também pode ter mais uma indicação de levar a linha de investigação pro lado do homicídio”, afirma o delegado da Lapa.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil da Lapa.