PF deflagra nova fase de operação contra fraudes em obras públicas
Mais de 200 policiais estão nas ruas para cumprir 54 mandados judiciais em sete estados
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (5) uma nova fase da Operação Rolo Compressor. O objetivo da ação é combater fraudes em contratações e execução de obras públicas, incluindo superfaturamento e sobrepreço, visando o desvio de recursos públicos, além de atos de corrupção e lavagem de dinheiro, com indícios de que o esquema criminoso funcionava há mais de uma década.
Nesta terça são 240 policiais nas ruas para cumprir 54 mandados de busca e apreensão. As ordens acontecem no Espírito Santo, em Minas Gerais, no Paraná, em Pernambuco, em Rondônia, em Santa Catarina e em São Paulo e no Distrito Federal. No estado paranaense são cumpridos mandados em Curitiba, Cascavel e Londrina.
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A primeira fase da Operação Rola Compressor foi deflagrada em 2022. Na época, a ação teve como alvo servidores públicos do DNIT e empresas responsáveis pela execução e supervisão de obras contratadas pelo órgão no Paraná.
Investigação sobre irregularidades no DNIT
A fase 2 da operação investiga desvios de recursos em obras de adequação da BR-163/PR – trecho entre Toledo/PR a Marechal Cândido Rondon/PR – e obras de restauração, implantação e pavimentação da BR-487/PR – trecho entre as localidades de Porto Camargo e Serra dos Dourados no Paraná -, de acordo com a Controladoria-Geral da União.
Os contratos investigados, referentes às obras das BR-163/PR e BR-487/PR, somam um valor atualizado de R$ 693,8 milhões. O trabalho de auditoria da CGU (Relatório nº 817151) apontou prejuízo que totalizam R$ 75,8 milhões, além de execução em desacordo com especificações técnicas e Normas do DNIT e da ABNT.
Com relação à qualidade dos serviços realizados, a CGU identificou problemas nos equipamentos de drenagem e na pavimentação. Nos equipamentos de drenagem, foram constatados assoreamento de bueiros, ruínas de bacias de contenção e valetas. Na pavimentação, foram identificadas patologias precoces como desagregação, “couro de jacaré” (fissura em bloco), “panelas” e trilhas de roda.
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