PF deflagra nova fase de operação contra fraudes em obras públicas

Mais de 200 policiais estão nas ruas para cumprir 54 mandados judiciais em sete estados

por Guilherme Becker
com informações da Polícia Federal
Publicado em 5 nov 2024, às 08h02. Atualizado às 09h50.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (5) uma nova fase da Operação Rolo Compressor. O objetivo da ação é combater fraudes em contratações e execução de obras públicas, incluindo superfaturamento e sobrepreço, visando o desvio de recursos públicos, além de atos de corrupção e lavagem de dinheiro, com indícios de que o esquema criminoso funcionava há mais de uma década. 

Operação da Polícia Federal acontece em quatro estados
Operação da Polícia Federal acontece em quatro estados (Foto: PF)

Nesta terça são 240 policiais nas ruas para cumprir 54 mandados de busca e apreensão. As ordens acontecem no Espírito Santo, em Minas Gerais, no Paraná, em Pernambuco, em Rondônia, em Santa Catarina e em São Paulo e no Distrito Federal. No estado paranaense são cumpridos mandados em Curitiba, Cascavel e Londrina.

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A primeira fase da Operação Rola Compressor foi deflagrada em 2022. Na época, a ação teve como alvo servidores públicos do DNIT e empresas responsáveis pela execução e supervisão de obras contratadas pelo órgão no Paraná.

Investigação sobre irregularidades no DNIT

A fase 2 da operação investiga desvios de recursos em obras de adequação da BR-163/PR – trecho entre Toledo/PR a Marechal Cândido Rondon/PR – e obras de restauração, implantação e pavimentação da BR-487/PR – trecho entre as localidades de Porto Camargo e Serra dos Dourados no Paraná -, de acordo com a Controladoria-Geral da União.

Os contratos investigados, referentes às obras das BR-163/PR e BR-487/PR, somam um valor atualizado de R$ 693,8 milhões. O trabalho de auditoria da CGU (Relatório nº 817151) apontou prejuízo que totalizam R$ 75,8 milhões, além de execução em desacordo com especificações técnicas e Normas do DNIT e da ABNT.

Com relação à qualidade dos serviços realizados, a CGU identificou problemas nos equipamentos de drenagem e na pavimentação. Nos equipamentos de drenagem, foram constatados assoreamento de bueiros, ruínas de bacias de contenção e valetas. Na pavimentação, foram identificadas patologias precoces como desagregação, “couro de jacaré” (fissura em bloco), “panelas” e trilhas de roda.

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