PF desarticula grupo suspeito de atingir mais de 3 mil vítimas com fraudes de criptomoedas

por Redação RIC.com.br
com informações da PRF
Publicado em 21 mar 2022, às 15h01.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (21), a Operação Bad Bots que desarticulou um esquema de fraudes envolvendo criptomoedas, em Curitiba e Oeste do Paraná. Com mais de 3 mil vítimas, o grupo acumulou cerca de R$6 milhões.

De acordo com as investigações, um casal é suspeito de abrir uma empresa na capital e oferecer ao público, através de um portal eletrônico disponibilizado em seu site, serviços com negociações de criptomoedas que prometiam remunerações diárias e mensais muito acima das praticadas pelo mercado. A Justiça Federal decretou a prisão da dupla e dos envolvidos. A ação teria sido cometida em 2019.

De acordo com a PF, os crimes praticados envolviam: estelionato, lavagem de capitais e quadrilha ou bando.

Cerca de 15 policiais federais cumprem, em Medianeira e Missal, no Oeste do Paraná, um mandado de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 9ª Vara Federal de Curitiba.

Investigações

Segundo informações apuradas pela PF, os clientes da empresa acreditavam que, ao contratar os serviços do grupo, robôs automatizados passariam a ser responsáveis pela troca diária de criptoativos, operando com os valores investidos e seus rendimentos pelo prazo contratado.

Após esse prazo, os clientes deveriam renovar o serviço ou encerrar a relação e requerer o saque do valor investido e dos ganhos. As informações apresentadas pelos “profissionais” da plataforma eletrônica mostravam lucros exorbitantes aos clientes, motivos pelos quais era comum que houvesse a renovação dos serviços.

Ainda havia a promessa, pela empresa, de outros multiplicadores de ganhos caso os clientes indicassem novas pessoas para o grupo. Existia também a informação de que os clientes poderiam ganhar bônus se conseguissem indicar até três novas pessoas para a empresa. Além disso, a empresa oferecia prêmios, como viagens e itens de luxo, caso os clientes acumulassem pontos com os serviços contratados e indicações de novas pessoas.

Em determinado momento, os clientes passavam a requerer os saques do dinheiro investido e dos rendimentos que acreditavam ter acumulado. O grupo, que recebia demandas e reclamações das vítimas, não resolvia o problema e oferecia falsas soluções.

Ainda de acordo com a PF, com as demandas extrajudiciais e judiciais, o casal fechou a empresa e fugiu para o Oeste do Estado, onde mudaram de nome e abriram um novo “negócio”.

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