PF desarticula quadrilha que se passava por policiais para praticar roubos em rodovias

Publicado em 21 maio 2021, às 08h34. Atualizado às 13h58.

Aproximadamente 60 policiais federais estão nas ruas na manhã desta sexta-feira (21) cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão na região Oeste e Noroeste do Estado. A ação faz parte da Operação Interceptor, que visa desmantelar uma quadrilha especializada em roubos nas rodovias e também às margens do Rio Paraná.

O grupo conhecido como “Piratas do Asfalto” se passavam por policiais para realizar abordagens a compristas, contrabandistas e também traficantes nas rodovias que cortam a fronteira do Paraguai com o Paraná. Os assaltantes, são bastante conhecidos, por agirem com violência durante as ações e utilizarem armas de grosso calibre.

Eles roubavam as mercadorias e revendiam pela internet com um preço abaixo do mercado e muitas vezes menor do que o praticado no Paraguai.

Vários armas, muitas longas e de alto poder de fogo, foram apreendidas durante o cumprimento de mandados na cidade de Terra Roxa, Guaíra, Cianorte e Umuarama.  Pelo menos 20 veículos, alguns de alto valor de mercado, celulares, eletrônicos, e objetos utilizados durante as falsas abordagens policiais, também foram localizados pelos federais.

Além dos envolvidos nas ações, a PF também prendeu preventivamente o interceptador do grupo e uma pessoa que era financiadora do crime. O braço operacional da quadrilha morava em uma casa de alto padrão na cidade de Cianorte. 

Todo o material apreendido está sendo levado para a Delegacia de Polícia Federal de Guaíra, juntamente com os detidos.

Aproximadamente 50 contas bancárias foram bloqueadas pela justiça.

Operação Interceptor

A operação iniciou a aproximadamente seis meses pela Polícia Federal de Guaíra, depois de informações sobre roubos a compristas e traficantes, em rodovias do estado e às margens do Rio Paraná, por falsos policiais.

Somente nos últimos seis meses o principal receptador teve uma movimentação financeira que ultrapassou R$ 9 Mi.

A Justiça Federal de Guaíra emitiu sete ordens de prisão preventiva (Guaíra, Cianorte, Umuarama e Terra Roxa) e onze mandados de busca e apreensão e também autorizou o sequestro de pelo menos cinco imóveis adquiridos pelos investigados, especialmente os líderes da organização criminosa que residiam em Terra Roxa e Cianorte. 

As ordens de bloqueio de contas bancárias e sequestro de imóveis têm como objetivo a descapitalização do grupo.

A operação foi batizada de “Interceptor” em referência ao tipo de atividade desenvolvida pelos falsos policiais.

A ação contou com a participação de o GOA (Grupamento de Operações Aéreas) da Polícia Civil do Paraná.