PF faz operação contra grupo que traficava drogas e armas no oeste do Paraná
Operação Contraface desarticula grupo criminoso baseado nas cidades de Cascavel e Toledo
A Polícia Federal (PF) realizou nesta segunda-feira (17) a Operação Contraface, no combate ao tráfico internacional de drogas e armas. A operação, que contou com o apoio da Receita Federal, cumpriu uma série de mandados de prisão, busca e apreensão e sequestro de bens no oeste do Paraná e também nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
De acordo com a PF, o objetivo da ação é desarticular uma organização criminosa baseada nas cidades de Cascavel e Toledo. A princípio, essa organização é composta por empresários dos dois municípios, envolvidos em uma série de crimes.
Grupo trazia armas ilegais e drogas do Paraguai e as distribuía para diversos estados brasileiros
Segundo a polícia, o grupo trazia maconha e pistolas do Paraguai e armazenava as armas e as drogas em depósitos espalhados pela região oeste do Paraná. Além disso, a organização adquiria diversos veículos, especialmente caminhões, para transportar os itens ilícitos.
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Posteriormente, os suspeitos criavam empresas fictícias para figurar como proprietárias desses veículos, e os equipavam com compartimentos ocultos para transportar as mercadorias ilegais. Finalmente, o grupo simulava a venda dos veículos para os motoristas contratados para transportar as armas e a droga para vários estados brasileiro.
Ainda de acordo com a PF, a organização criminosa também “constituía contas bancárias tituladas por pessoas físicas e jurídicas interpostas para lavar o dinheiro obtido com suas práticas criminosas”.
Operação Contraface cumpriu 44 ordens judiciais nos três estados da Região Sul
Nesta segunda-feira, os policiais cumpriram 9 mandados de prisão preventiva, 13 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de sequestro de bens e valores. A PF cumpriu ordens judiciais expedidas pela 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel nas cidades de Cascavel, Toledo e Medianeira, no Paraná; Florianópolis, em Santa Catarina; e Erechim, no Rio Grande do Sul.
Ao longo das investigações iniciadas em maio de 2023, a polícia apreendeu diversos carregamentos de entorpecentes e armas de fogo pertencentes ao grupo, totalizando aproximadamente 26 toneladas de maconha e 8 pistolas. Também se identificou que, de 2021 até hoje, o grupo teria movimentado ao menos R$ 14 milhões de origem criminosa.
A PF batizou a operação como Contraface em uma alusão ao lado oculto dos empresários até então vistos como bons homens de negócios.
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