PM baleado durante ataque em Guarapuava tem alta do hospital
O cabo José Douglas Bonato, que foi baleado na perna durante o ataque de uma quadrilha de assaltantes em Guarapuava, no centro-sul do Paraná, teve alta hospitalar nesta quarta-feira (20).
Conforme a Polícia Militar, ele já está em casa, em recuperação pós-operatória por causa da fratura exposta na perna esquerda, causada pelo tiro. Benato não corre risco de morte. Logo depois do ataque, ele relatou a violência com que os bandidos agiram. A quadrilha tinha armas de grosso calibre e atiraram muito, não para assustar ou acuar, mas para matar os policiais que encontrassem pela frente.
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Já o cabo Ricieri Chagas, que levou um tiro na cabeça, ainda está internado na UTI em estado gravíssimo. Ele também passou por cirurgia e está se recuperando de um edema cerebral. Ele está entubado, sedado, porém estável, com a contraindicação de ser transferido de hospital neste momento.
Novo cangaço
Os policiais foram feridos durante o ataque dos criminosos na cidade de Gaurapuava. Depois de tentar fechar os acessos da cidade, para evitar a entrada de mais policiais, e de acuarem os policiais locais, colocando um caminhão em chamas na porta do batalhão da PM, eles tentaram assaltar uma empresa de transporte de valores sediada em Guarapuava.
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Ainda fizeram muitos cidadão reféns, colocando-os em cordões humanos na linha de tiro. Mas, apesar de estarem fortemente armados e preparados, não conseguiram concretizar o roubo. O comando da Polícia Militar afirma que já sabiam que haveria um ataque, só não sabiam onde e quando. Por isto, já tinham um esquema tático preparado, o que de fato, fez com que os bandidos fugissem sem levar nada da empresa.
Crimes deste tipo, em que os marginais tentam acuar cidadãos e policiais para praticarem roubos, estão sendo chamados de “novo cangaço”. O ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou na última segunda-feira (18) que pediu a tipificação do crime como terrorismo e uma pena bem rigorosa para este novo tipo de crime, como forma de inibir e combater o “novo cangaço”.