PMs são alvos de operações do Gaeco, em Ponta Grossa

por Aline Cristina
com informações do MPPR
Publicado em 24 abr 2021, às 12h21.

O Ministério Público do Paraná cumpriu cinco mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (23), em duas operações realizadas na cidade de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

As ações foram conduzidas pelo núcleo local do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e tinham como alvo crimes cometidos com possível envolvimento de policiais militares.

Operação Trojan

A operação investiga um suposto homicídio qualificado praticado por policiais militares. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados em Ponta Grossa.

A investigação teve início em Castro, para apurar as condições de um confronto armado ocorrido em 26 de junho de 2016 em Carambeí. Na ocasião, um homem teria sido morto após reagir a uma abordagem policial.

Durante as investigações foi descoberto que ele teria saído de casa para um encontro amoroso com uma mulher após contato por meio de uma rede social. Diante de análise dos dados, obtidos judicialmente, foi possível confirmar que o perfil era falso, supostamente criado por um policial militar com o objetivo de atrair a vítima até o local, onde houve o confronto que terminou em morte.

Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal de Castro e buscam obter mais informações sobre o deslocamento da vítima até o local e as circunstâncias de como ocorreu o confronto.

Operação Amicis II

A operação investiga possível crime de extorsão praticado por policiais militares, em maio de 2020, contra pessoas suspeitas de cometerem fraudes bancárias pela internet, é cumprido um mandado de busca e apreensão.

A ação realizada nesta sexta é a segunda fase da operação. A primeira aconteceu no dia 10 de junho de 2020. Na ação, dois policiais foram presos pelo crime de concussão.

As provas obtidas após as primeiras prisões em 2020 deram indícios de que os policiais teriam obtido vantagem indevida dos criminosos em outras ocasiões, além de apontarem a possível participação de outro policial nos ilícitos.

A segunda fase da operação busca verificar se o policial alvo do mandado também participou da extorsão.

O denunciante afirma que os policiais teriam se apropriado de R$ 2.074,00 que estavam em seu veículo.

A ordem judicial foi expedida pela Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual e também é cumprida em Ponta Grossa.