Polícia do RS indicia sete pessoas por tortura a ladrões de carne em mercado

Publicado em 15 dez 2022, às 20h47.

Sete funcionários de um supermercado de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), foram indiciados pelo crime de tortura, nesta quinta-feira (15). E destes, seis ainda vão responder por extorsão mediante sequestro. Eles são suspeitos de agredir violentamente dois homens que furtaram duas peças de picanha do mercado.

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Conforme a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o caso ocorreu no dia 12 de outubro. Dois homens de 32 e 47 anos furtaram as carnes e um deles as escondeu na cintura, por baixo da camiseta. Os seguranças, que são de uma empresa terceirizada, notaram o roubo e conduziram os homens para o depósito do mercado.

No local, agrediram a dupla por 45 minutos, de todos os jeitos: dando socos, chutes, batendo com ripas de madeira, e com um palete. Tudo foi filmado pelas câmeras de segurança do mercado. Depois das agressões, a dupla foi obrigada a pagar R$ 644 pelas carnes, que juntas não passavam de R$ 200. Os produtos foram distribuídos entre os seguranças e os suspeitos do furto foram liberados.

Eles procuraram a polícia, que chegou ao mercado logo após os suspeitos da agressão terem apagado as imagens das câmeras de segurança. Como tinha sido recente, foi possível recuperar as imagens, que ajudaram a comprovar o crime.

Entre os sete indiciados, estão o gerente e o subgerente do mercado, além dos cinco seguranças. E entre estes cinco, dois são policiais militares da ativa e um policial militar aposentado. Eles fariam parte de uma empresa de segurança que não tem autorização da Polícia Federal para atuar.

Os indiciados pela estorsão mediante sequestro são o gerente Adriano Dias, e o subgerente Jairo da Veiga, o primeiro-tenente da reserva Gilmar Cardoso Rodrigues e os soldados em estágio probatório, lotados no 20º Batalhão de Polícia Militar (20º BPM), na Zona Norte de Porto Alegre, Gustavo Henrique Inácio Souza Dias e Romeu Ribeiro Borges Neto. além dos seguranças Alex Ned de Lazier e Ernesto Simão de Paula, vinculados à Glock Serviços de Portaria, empresa que era responsável pela segurança do local.

O caso continua sob investigação da Polícia Civil.