Polícia Federal desmonta quadrilha que fraudava financiamentos de veículos no PR

Criminosos ofereciam presentes para obter dados pessoais das pessoas utilizadas como "laranjas" para realizar as fraudes contra o sistema financeiro

Publicado em 28 jun 2024, às 13h13. Atualizado às 13h50.

A Polícia Federal (PF) realiza nesta sexta-feira (28) a Operação Graecum Donum, que visa desmantelar uma suposta estrutura criminosa envolvida em fraudes de financiamento de veículos. Assim, os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e em Florianópolis, capital de Santa Catarina. A PF apreendeu um carro de luxo na operação.

A Polícia Federal (PF) realiza nesta sexta-feira (28) a Operação Graecum Donum, que visa desmantelar uma suposta estrutura criminosa envolvida em fraudes de financiamento de veículos.
PF cumpriu mandados em São José dos Pinhais e em Santa Catarina (Foto: Polícia Federal)

De acordo com a PF, a investigação começou depois de um banco relatar prejuízos devido a financiamentos fraudulentos feitos por uma empresa em Curitiba. Essa empresa firmou 12 contratos baseados em compras fictícias de veículos, usando dados de terceiros.

Suspeitos utilizavam dados de terceiros, enganados com “presentes de grego”

O nome da operação é uma alusão a expressão popular “presente de grego”, utilizada para denominar aqueles presentes considerados indesejados. Afinal, Graecum Donum em latim significa literalmente “Presente Grego”.

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A escolha do nome remete à forma com que os investigados obtinham os dados das pessoas para a realização dos financiamentos. Isso porque, para validar os contratos, os criminosos tiravam fotos das vítimas no momento em que entregavam presentes de aniversário a elas.

A PF destaca a sofisticação do esquema e a importância da cautela ao compartilhar informações pessoais. De acordo com as investigações, as pessoas, ao receber presentes, revelaram seus dados aos criminosos, e tiveram suas informações cadastrais usadas fraudulentamente.

Ainda segundo a polícia, os crimes investigados incluem associação criminosa e fraude em financiamentos, com penas de até 16 anos de prisão. A Polícia Federal segue investigando o caso para para identificar todos os envolvidos.

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