Polícia investiga dona de revenda por golpe do carro consignado
A proprietária de uma revenda de veículos em Curitiba está sendo procurada pela polícia e pode ser presa por apropriação indébita e estelionato. Ela pegou carros de diversos clientes em consignação, vendeu os veículos (ou sumiu com eles) e não entregou o dinheiro, nem transferiu para os novos proprietários.
Uma das vítimas contou ao repórter Lúcio André, da RICtv, que se deu conta que havia caído no golpe depois de ver o seu automóvel sendo vendido em outra loja. Ela tinha deixado o veículo, avaliado em R$ 52 mil (e do qual ela pediu R$ 47 mil pela venda) na loja da empresária golpista. Pouco mais de uma semana depois, viu o carro sendo anunciado na internet em outro local. Ela não foi comunicada da venda, de transferência para outro proprietário e nem recebeu o dinheiro do carro.
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“No meu caso, o carro foi primeiro transferido pra uma das golpistas, não foi transferido para teceiro. Acho que comisto conseguiremos resolver essa situação na Justiça”,
disse uma das vítimas.
A polícia investiga a ação da golpista que, segundo o delegado Osmar Dechiche, teria apreendido o “ofício” com outra criminosa, que já foi presa pela polícia pelo mesmo crime e já está de volta nas ruas. A dona desta revenda chegou a ter um mandado de prisão expedido pela Justiça em 2021, mas que foi revogado.
Há algumas semanas, policiais estiveram em frente à loja, tirando fotos da fachada. A empresária notou a presença da polícia e desapareceu. A vizinhança relatou à polícia que, na madrugada, todos os carros que estavam na loja foram retirados. Alguns deles foram recuperados pela polícia, que acredita que mais outros devem ser recuperados ao longo da investigação.
Um dos carros, de luxo, o dono pediu R$ 190 mil pela venda. Ele não viu o dinheiro e por um tempo o carro ficou sumido. Sorte que a polícia conseguiu recuperar o automóvel. Porém há outras dezenas de vítimas que não tiveram a mesma sorte.
A golpista ainda não foi presa pois, conforme o delegado, a polícia ainda busca identificar outras pessoas que assessoram o crime, incluindo despachantes.