Polícia realiza operação contra servidores e agentes políticos suspeitos de fraudes em processos licitatórios
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou na manhã desta quarta-feira (8) a terceira fase de uma operação que mira suspeitos de fraudar processos licitatórios no estado. Entre os alvos da investigação, estão servidores públicos e agentes políticos. Na ação de hoje, os policiais estão cumprindo 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Curitiba e Assis Chateaubriand, no oeste do Paraná.
A operação mira uma organização criminosa que utilizava empresas de fachada responsáveis por fraudes em processos licitatórios. Segundo as investigações, o grupo criava as empresas com funcionários laranjas e com a participação de servidores públicos. Eles seriam responsáveis por fraudar processos licitatórios e causar prejuízos aos cofres públicos.
Operação contra fraudes em processos licitatórios
As investigações tiveram início em março de 2019 com intuito de apurar as irregularidades na aquisição de peças de reposição de máquinas pesadas, que compõem a frota de veículos da Prefeitura de Missal.
Posteriormente, foi apurado que os crimes estavam ocorrendo ainda em outros municípios da região Oeste. Durante as diligências, a PCPR constatou que havia o recebimento de peças como sendo novas, o superfaturamento de preços e o pagamento de peças que não eram entregues ou utilizadas.
Há indícios de fraudes e acertos indevidos em licitações de 2017, 2018 e 2019. Os suspeitos são investigados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa.
Na primeira fase da operação, ocorrida em 2019, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão. Na ocasião, a PCPR apreendeu diversos documentos que auxiliaram no andamento das investigações, como bilhetes de controle manual quanto ao pagamento de propina a diversos servidores e agentes públicos que mantinham contratos de venda de peças ou serviços para máquinas pesadas.
Já na segunda fase, que aconteceu em julho deste ano, foram cumpridas 59 ordens judiciais respectivamente em 39 endereços de pessoas físicas e 20 em setores de prefeituras.
Durante a ação, a PCPR apreendeu documentos que auxiliaram no andamento das investigações.