Policiais, guardas e empresários são investigados pelo Gaeco por exploração de jogos de azar
Na manhã desta quinta-feira (16), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu 20 mandados na 5ª fase da Operação Imperium: 17 de busca e apreensão e três de imposição de medidas cautelares (incluindo monitoração eletrônica). Os alvos são 12 agentes públicos, sendo um delegado, dez investigadores da Polícia Civil, um guarda municipal, além de seis empresários e um comerciante. Todos são investigados por envolvimento em crimes de lavagem de ativos e exploração ilegal de jogos do bicho, caça-níqueis, mediante corrupção ativa e passiva. As medidas foram decretadas pelo Juízo Criminal do Foro Regional de Ibiporã.
As ordens judiciais estão sendo cumpridos em Londrina, Telêmaco Borba e Curitiba. Investigações mostraram que, durante o ano de 2020, sete policiais civis que estavam presos na carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba receberam visitas constantes de um integrante de organização criminosa. Esse homem teria envolvimento com exploração de caça-níqueis em diversas regiões do Paraná e de São Paulo. Ele teria pagado propinas a agentes públicos e entregado compras aos policiais presos, chegando até a promovem churrascos.
Um dos policiais investigados teria recebido suborno do grupo mesmo quando estava afastado de suas funções, em razão de outras supostas ilegalidades. O foco, atualmente, são policiais civis que teriam recebido propinas entre 2017 e 2021 para tolerarem a prática de jogos ilícitos. O guarda municipal citado acima é alvo de busca e apreensão porque teria passado informações privilegiadas a integrantes do grupo criminoso.