Policial militar acusado de matar Gabriel Sartori é absolvido em julgamento
Após 11 horas de julgamento, o policial militar Bruno Carnelos Zangirolami foi absolvido da acusação de homicídio culposo, em Londrina, norte do Paraná. Zangirolami efetuou o disparo que matou Gabriel Sartori, de 17 anos, em junho de 2017.
Foram ouvidas 10 testemunhas, entre defesa e acusação. Por maioria de votos, ficou reconhecido como legítima defesa, com sentença lida pelo juiz Paulo Cesar Roldão. O advogado de defesa, Eduardo Miléo, apontou que Zangirolami agiu para defender a escola e a si mesmo.
Família e amigos de Sartori receberam a notícia com tristeza. Na segunda-feira (21), antes do início do júri, havia expectativa, por parte da acusação, que o policial fosse condenado. “Você vive uma luta constante, uma luta diária de sentimentos, de falta, de saudade. […] Eu espero o resultado que ele realmente seja condenado.”, a mãe de Gabriel, Cristiane Sartori, disse do lado de fora do Fórum Criminal de Londrina.
Gabriel Sartori foi baleado próximo ao colégio em que estudava, no Conjunto Cafezal. Ele morreu ainda no local. Foi comprovado que o disparo foi feito pelo policial, que trabalhava na escola e fazia patrulhamento. A perícia concluiu que a bala atingiu a calçada antes de Gabriel. A defesa de Zangirolami alegou que Gabriel tentava pular o muro, junto a dois amigos, e o disparo no chão foi uma forma de defesa.
O policial estava, até o momento, em trabalhos administrativos. A corporação deve aguardar o processo correr em outras instâncias para considerar o retorno dele ao trabalho operacional.
