Populares protestam após adolescente ser morto durante abordagem da PM
Familiares e vizinhos do adolescente Jefferson de Abreu Silva, de 17 anos, foi morto pela Polícia Militar após ter sido ameaçado de morte pela equipe. Jeffinho, como era conhecido, já havia sido apreendido por porte de drogas, morreu no sábado (18), em uma abordagem policial em Fazendo Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba.
Moradores do bairro Gralha Azul, local em que o adolescente morava e acabou morto, realizaram um protesto pedindo justiça pelo ocorrido. De acordo com a família, o adolescente foi morto injustamente, pois não havia reagido a abordagem. Tal versão é contestada pela PM, que garante que o rapaz estava armado e teria atirado contra a viatura, o que obrigou os policiais a reagirem. Os agentes chegaram a apresentar na delegacia a arma que eles afirmam ter sido usada por Jeffinho.
Ação flagrada
Imagens gravadas por câmeras de segurança de um estabelecimento da região mostram Jeffinho descendo uma rua de bicicleta e em seguida, caindo. O jovem levanta e continua correndo, enquanto a viatura da PM aparece indo atrás do jovem e até mesmo, passando por cima da bicicleta. Após a movimentação, algumas pessoas começam a sair para ver o que está acontecendo. Em seguida, é possível ver policiais tentando afastar os moradores.
Segundo testemunhas, os policiais teriam abordado o jovem e visto que ele não estava armado. Entretanto, também o teriam arrastado para trás de uma casa e disparado cerca de sete tiros.
“Ele se assustou, porque sabe que quando pegam, eles não tem dó”,
lamentou uma conhecida do adolescente.
Ameaça antiga
De acordo com familiares, Jeffinho era ameaçado de morte pela PM desde 2020, após ter ficado preso por dois dias por posse de maconha. Por ser menor de idade, logo foi liberado e pode responder o processo fora da cadeia. A partir deste ocorrido, conhecidos alegam que os dias do adolescente estavam contados.
“Desde o ano passado falaram que iriam matar, e mataram”,
afirmou a esposa do adolescente à RICtv.
De acordo com as informações apuradas pela RICtv, um inquérito foi instaurado e os policiais poderão confrontar a versão dada pela família.
“Não era para ser nossos protetores, nossos heróis? Estão virando nossos vilões”,
comentou uma testemunha.
O Grupo RIC entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar do Paraná para saber sobre o ocorrido, mas, até o momento, não teve retorno.