Quarto do Terror: PCPR prende mãe de deficiente encontrada morta com marcas de tortura
A mãe da mulher encontrada morta no dia 4 de maio, em uma residência no bairro Cajuru, em Curitiba, foi presa na manhã desta quinta-feira (19). A suspeita virou alvo de uma operação, denominada ‘Quarto do Terror’, após investigações apontarem que a vítima, que era portadora de deficiência, foi vítima de tortura e cárcere privado.
Na época da morte da mulher de 32 anos, a mãe da vítima chegou a declarar em entrevista que era inocente. Segundo a suspeita, a moça havia passado um tempo na casa do pai, no bairro Parolin, e retornado com marcas pelo corpo. Além disso, tinha sofrido uma queda na escada. “Nunca bati nela, eu cuido deles bem (três filhos), sou mãe e pai. Não fiz isso, acho que o pai fez porque ela foi pra lá e voltou assim”, declarou.
Apesar das declarações da mãe da vítima, membros da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Paraná (PCPR) iniciaram uma investigação e identificaram a mulher como principal suspeita por causar a morte da filha.
“Um caso gravíssimo. Nós encontramos aqui uma situação catastrófica. Um local sem condições de vida humana, uma bagunça muito grande. Um local com características de cárcere privado. A vítima tinha lesões espalhadas pelo corpo que não coincidiam com as informações trazidas pela mãe”,
contou o delegado Tito Barichello.
A investigação também apontou que a versão apresentada pela mãe não condiz com a veracidade da ocorrência. “A cena foi montada, trata-se de um homicídio, com características de tortura e cárcere privado, pelo número de lesões antigas e recentes. Apuramos o fato, conseguimos prova testemunhal e verificamos que havia essa ação contínua da mãe sobre a filha, que acabou causando a morte”, completou o delegado.
Mãe presa
Na manhã desta quinta-feira (19) a mulher foi presa na residência onde mora com os filhos. A vítima vivia em um quarto localizado no segundo andar. Durante a abordagem, a suspeita não reagiu, mas garantiu que é inocente e irá provar.
“Eu continuo negando, eu não fiz nada. Eu não sou uma assassina. Ela caiu da escada, foi pra casa dos parentes e voltou daquele jeito. Eu vou provar que eu não devo nada. Se eu fosse uma assassina eu teria batido nos outros filhos”,
declarou a mulher dentro do camburão.
A suspeita foi encaminhada a delegacia.