Quatro acusados de matar a bancária Tatiane Lorenzetti são mandados a júri popular
Antônio Henrique dos Santos, André Luiz Correia Barboza, Moisés Gonçalves e Thales Arantes da Silveira Serafim devem em breve sentar no banco dos réus, em júri popular. Eles são acusados de matar a bancária Tatiane Lorenzetti, no final do ano passado, no bairro Capão Raso, em Curitiba. Antônio, que estava separado de Tatiane, planejava ficar com a guarda da filha que o casal teve enquanto se relacionava e com o seguro de vida que havia em nome da criança.
O juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2.ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, pronunciou (mandou a júri) os quatro réus no fim do mês passado. A sessão ainda não tem data marcada, mas deve ocorrer em breve, já que os quatro réus estão presos. Processos com réus encarcerados possuem mais celeridade que outros.
Antônio foi pronunciado pelos crimes de feminicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e praticado no âmbito doméstico e familiar. Os outros três réus também foram pronunciados por feminicídio triplamente qualificado, com algumas diferenças nas qualificadoras: pela promessa de recompensa, recurso que dificultou a defesa da vítima e praticado no âmbito doméstico e familiar.
Os quatro réus ainda entraram com recursos, para conseguirem o direito de responder pelo crime em liberdade. Mas o mesmo juiz que os mando a júri também entendeu que os quatro deveriam permanecer presos até o júri.
O advogado Igor José Ogar, que representa o acusado Moisés, declarou em nota que acredita no júri “reconhecerá a inocência do acusado, o absolvendo da acusação de homicídio”.
Assassinato
Conforme as investigações, Antônio vinha há três anos planejando o assassinato de Tatiane. Então contratou Moisés, para que encontrasse pessoas que pudessem executar o crime. Então Moisés arranjou Thales, André e mais um terceiro homem, Jonathan Alves da Silva. Antônio pagaria R$ 25 mil para que eles matassem sua ex-mulher.
Thales André e Jonathan passaram a seguir os passos da vítima. No dia do crime, em dezembro de 2020, Tatiane saía da agência bancária que trabalhava, no Capão Raso, quando os três simularam um assalto. Porém Jonathan atirou na bancária antes mesmo dela entregar os pertences, o que já levantou suspeitas na polícia de que não se tratava de roubo.
Horas depois, Jonathan foi morto em confronto com policiais e o crime começou a ser desvendado.