Réu da operação Pane Seca é solto pela Justiça nesta quinta (19)
Onildo Chaves de Córdova II, acusado de ser o mandante do assassinato do fiscal de combustíveis Fabrizzio Machado, não ficou nem dois dias preso. Ele ganhou habeas corpus, nesta quinta-feira (19), concedido pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). O empresário foi preso na quarta-feira (18) por determinação da Justiça, que tinha emitido um mandado de prisão preventiva.
Onildo e mais três homens – Jeferson Rocha da Silva, Patrick Jurczyszyn Leandro e Matheus Willian Marcondes Guedes – sentaram no banco dos réus na semana passada, no Tribunal do Júri de Curitiba. No entanto, o advogado de Onildo, Adriano Bretas, conseguiu que o julgamento de seu cliente fosse desmembrado. Isto porque, no entendimento de Bretas, a situação processual do seu cliente é diferente das demais réus, já que Onildo ainda tem recursos tramitando em Brasília e porque também não responde pela qualificadora (do homicídio) de vingança, como os demais.
Desta forma, Onildo, que começou o dia sendo julgado junto com os outros réus, foi embora do Tribunal do Júri e terá seu encontro com os jurados marcado para outra data. Já Patrick, acusado de ser o autor dos disparos, foi condenado a 30 anos de prisão. Matheus, que dirigia o carro que bateu contra o automóvel da vítima, pegou 23 anos de cadeia. Jeferson, acusado de ser o intermediador, foi absolvido por clemência.
Pane Seca
Fabrizzio, além de fiscal de postos de combustíveis, também era presidente da Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis (ABCFC). Ele investigava irregularidades e fraudes em postos da capital – ação junto com a polícia que foi batizada de Operação Pane Seca – quando foi assassinado, em março de 2017. Ele chegava em sua casa, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba. Quando embicou seu carro no portão da residência, outro veículo chegou e bateu propositalmente em sua traseira.
Eram os assassinos de Fabrizzio, que mataram o fiscal a tiros quando ele foi verificar o suposto acidente. Descobriu-se que ele foi morto pelas pessoas que eram investigadas pelas fraudes.