Réus de duplo homicídio em crime envolvendo pedras preciosas vão a júri popular
Os três réus pela morte de Igor Martinho Kalluf, de 40 anos, e Henrique Mendes Neto, de 38, serão julgados em júri popular. A decisão do juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Região Metropolitana de Curitiba, foi publicada nesta terça-feira (28).
Bruno Ramos Caetano, Ilson Bueno de Souza Júnior e André Bueno de Souza, são acusados de envolvimento no duplo homicídio. De acordo com a investigação, o crime foi motivado por uma dívida de R$ 480 mil, em pedras preciosas.
O documento destaca que Ilson e André, suspeitos de serem os atiradores, têm o direito de recorrer em liberdade. Já Bruno, suspeito de ser o mandante do crime, deverá continuar em prisão domiciliar.
Os réus serão julgados por homicídio qualificado por motivo torpe.
Crime motivado por dívida de pedras preciosas
O crime aconteceu no dia 11 de junho de 2020, no Centro de Curitiba. O advogado e empresário Igor Kalluf estava acompanhado do motoboy Henrique Mendes, em uma loja de conveniência localizada na esquina entre as ruas Brigadeiro Franco e Vicente Machado.
Câmeras de segurança registraram o momento em que dois atiradores disparam contra as vítimas. Logo após o crime, os suspeitos fugiram. Um dia após o crime, Bruno foi preso em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Já Ilson e André foram localizados e detidos no dia 17 de junho.
O Ministério Público indicou que Caetano estava envolvido no comércio ilegal de pedras preciosas. A motivação do crime teria sido uma dívida no valor de R$ 480 mil.
Ele atuava “adquirindo pedras diretamente de garimpeiros e/ou atravessadores, tendo como consequência a ocorrência de supostos crimes de lavagem de dinheiro, sonegação de impostos e evasão de divisas”,
diz parte da denúncia.
Vítima era dono de restaurante localizado na rua do crime
Uma das vítimas do tiroteio dentro de uma loja de conveniência de um posto de combustível em Curitiba é o advogado Igor Martinho Kalluf. O homem, que também era proprietário de um restaurante de comida árabe, tinha 40 anos e foi executado na tarde desta quinta-feira (11).
Kalluf, como era conhecido, é dono de um restaurante especializado em culinária árabe localizado na mesma rua, a aproximadamente 2 quilômetros, do posto de combustível onde foi morto. No dia seguinte ao crime, o empresário organizaria um jantar especial para os clientes em homenagem ao dia dos namorados.