Revendedora de carros com 248 processos é acusada novamente de estelionatos
Clientes de Curitiba acusam uma loja de venda de veículos no bairro Xaxim de aplicar golpes durante a revenda de carros. Segundo as informações apuradas pela RICtv, as vítimas relatam que deixaram os automóveis para serem vendidos e a empresa não repassou o valor das vendas.
O advogado Nicaro Coelho, que representa um dos clientes, disse em entrevista ao Balanço Geral Curitiba que a vítima deixou o veículo há mais de 2 anos e até agora não teve retorno a respeito do dinheiro. Conforme a defesa, o prejuízo do cliente chega a R$ 30 mil.
No caso do cliente da advogada Scarlett Garutti, o valor do carro deixado por ele no estabelecimento em 2019 era de R$ 50 mil.
“Era uma loja que meu cliente pensou que podia confiar. O proprietário vendeu esse carro através de financiamento para uma outra pessoa e não passou o valor para o dono do veículo”,
relata a advogada Scarlett Garutti
Segundo Garutti, a loja acumula 248 processos na Justiça de Estelionatos do Paraná somente no período entre 2020 e 2022, todos envolvendo o proprietário da loja. Os advogados acreditam que o dono da empresa usa pessoas da família como laranjas, para não perder o dinheiro para a Justiça.
“Se passar na loja você vai ver alguns veículos a venda. Esse empresário continua vendendo os carros e aplicando golpes”,
acusa o advogado Nicaro Coelho.
O dono da loja alega problemas financeiros desencadeados pela pandemia de coronavírus, de acordo com os advogados das vítimas. A RICtv procurou o proprietário para que ele esclareça os fatos. O empresário conta que não fica com o dinheiro das vítimas e que recentemente passou por um desacordo comercial.
“Estou fazendo de tudo para manter o funcionamento da empresa. Passei por dificuldades, mas não estou aplicando golpes em ninguém. Estou com as portas portas abertas há 22 anos”,
defende o empresário.
O comerciante admitiu que os 248 processos citados pela defesa das vítimas existem e que as dificuldades passadas pela empresa são grandes.
“Eu não acho que fechar a loja é o certo. Estou aqui dando a cara a bater. Eu repassei uma parte do dinheiro para os clientes, fiz a troca do carro, mas não consegui vender o veículo da troca e então aconteceu isso”,
explica.