Ativista Sara Winter é presa pela Polícia Federal, em Brasília

por Renata Nicolli Nasrala
com informações do R7
Publicado em 15 jun 2020, às 09h05.

A ativista Sara Winter foi presa pela Polícia Federal nesta segunda-feira (15), em Brasília.

O mandado de prisão foi expedido por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Sara Winter é presa; mulher faz parte do movimento de apoio ao presidente Jair Bolsonaro intitulado 300 do Brasil

Sara Winter faz parte do movimento de apoio ao presidente Jair Bolsonaro chamado 300 do Brasil. Além dela, outros integrantes do grupo estão sendo presos nesta manhã.

Quem é Sara Winter

Sara Winter liderou o grupo que invadiu a cúpula do Congresso Nacional neste sábado (13), onde ficaram por 30 minutos. Em seguida, o grupo ocupou o gramado em frente ao espelho d’água do Congresso para protestar contra os demais poderes em Brasília.

Na manifestação, os indivíduos cobraram para que o presidente Jair Bolsonaro intervenha em defesa do grupo, alvo de investigações do Ministério Público por suspeita de porte de arma.

Além disso, no mês de maio Sara Winter foi alvo de uma operação da PF que investiga fake news contra ministros da Corte. Após ter bens apreendidos pelos policiais, a ativista ameaçou Alexandre de Moraes, o responsável pelo inquérito. 

“Pena que ele [Moraes] mora em São Paulo. Porque se ele morasse aqui eu já estava na frente da casa dele convidando para trocar soco comigo. Juro por Deus. Essa é a minha vontade. Queria trocar soco com esse f* da p*, esse arrombado. […] Pois você me aguarde, senhor Alexandre de Moraes. Nunca mais vai ter paz na sua vida. A gente vai infernizar sua vida, vamos descobrir os lugares que o senhor frequenta, a gente vai descobrir quem são as empregadas domésticas que trabalham para o senhor. A gente vai descobrir tudo da sua vida até o senhor pedir para sair. Hoje o senhor tomou a pior decisão da sua vida”, disse em vídeo publicado nas rede sociais. 

Manifestações contra o STF

Na madrugada de 31 de maio, cerca de 30 pessoas se reuniram em frente ao STF para protestar contra o ministro da Corte Alexandre de Moraes, coordenados por Winter. 

Em protesto pacífico, os manifestantes, que usavam máscaras e tochas, marcharam até o prédio do STF, onde pararam e ouviram uma música em tom fúnebre.

Por fim, neste sábado (13), um grupo de manifestantes retirados de um acampamento montado na Esplanada dos Ministérios causou tumulto e aglomeração enquanto efetuavam disparos de fogos de artifício em direção ao prédio do STF.