Segundo denunciante da Boeing morre em dois meses
O ex-funcionário Joshua Dean, de 45 anos, morreu após passar duas semanas internado por conta de um AVC
Joshua Dean, de 45 anos, foi o segundo denunciante da Boeing a morrer em dois meses. De acordo com o Seattle Times, o homem tinha um estilo de vida saudável, mas foi infectado por uma bactéria que causou um acidente vascular cerebral (AVC). Ele morreu na última terça-feira (30) após duas semanas hospitalizado.
Conhecido como Josh, ele foi um dos funcionários da Spirit AeroSystems que acusou a empresa de ignorar defeitos na produção do 737 Max. Enquanto trabalhava como auditor de qualidade na empresa em outubro de 2022, ele levantou preocupações sobre alguns furos de peças dos aviões Boeing 737 Max. Entretanto, a empresa não teria levado as preocupações em consideração. Josh foi despedido em abril de 2023.
De acordo com o engenheiro, a empresa o demitiu por sinalizar defeitos na aeronave. Josh também apresentou uma queixa contra a Spirit AeroSystems para a Administração Federal de Aviação. A princípio, Dean acusou a companhia de “má conduta grave e grosseira por parte da gestão de qualidade da linha de produção do 737”.
Joshua é o segundo denunciante da Boeing a morrer nos últimos dois meses
Em março de 2024, John Barnett foi encontrado morto dentro de seu caminhão no estacionamento de um hotel. De acordo com as autoridades americanas do estado da Carolina do Sul, o homem de 62 anos teria atirado em si mesmo.
Assim como Joshua Dean, John também era conhecido por apontar preocupações sobre os padrões de produção da aeronave. Em 2019, Barnett afirmou que funcionários eram coagidos a instalar peças de qualidade inferior e relatou que teria descoberto problemas com os sistemas de oxigênio do Boeing. Ele trabalhou para a Spirit AeroSystems por 32 anos, e saiu da empresa em 2017 por motivos de saúde.
Entenda as denúncias feitas contra a Boeing
Desde 5 de janeiro de 2024, a Boeing tem sido questionada após um 737 Max perder uma porta da saída de emergência após decolar. O caso aconteceu em Portland, com o avião a 4876 metros de altitude e com 117 passageiros a bordo.
De acordo com o relatório da agência norte-americana que se responsabiliza pela segurança dos transportes (NTSB), quatro parafusos faltavam na aeronave. Após o ocorrido, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) paralisou todos os jatos da Boeing 737 Max. Agora, com a morte do segundo denunciante da Boeing em dois meses, os questionamentos sobre a empresa ressurgiram.
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