Sheik do Bitcoin é condenado a 56 anos de prisão pela Justiça Federal

As investigações apontaram que o réu movimentou mais de R$ 4 bilhões e causou prejuízo financeiro a mais de 15 mil pessoas

Publicado em 10 out 2024, às 20h12.

O homem conhecido como Sheik do Bitcoin foi condenado a 56 anos e quatro meses de prisão pela Justiça Federal do Paraná (JFPR).

Sheik do Bitcoin é condenado a 56 anos de prisão pela Justiça Federal
Sheik dos Bitcoins não poderá recorrer da sentença. (Foto: Divulgação/TRF 4)

O Sheik do Bitcoin comandava um esquema de pirâmide financeira baseada em investimentos em criptomoedas.

As investigações apontaram que o homem movimentou mais de R$ 4 bilhões entre 2018 e 2022 e provocou prejuízos financeiros a mais de 15 mil pessoas.

O esquema criminoso consistia no recebimento de valores das vítimas sob falso pretexto de retorno financeiro.

O Sheik do Bitcoin utilizava esses montantes para investir em imóveis de luxo, carros importadores, aviões, jóias e outros itens de alto valor financeiro.

Todos esses bens e finanças ligadas ao homem foram apreendidos e sequestrados para o ressarcimento das vítimas do esquema criminoso.

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“O réu agiu com total desprezo em relação às pessoas que lhe confiaram as economias, muitas delas tendo aplicado tudo o que angariaram ao longo da vida de trabalho e sacrifícios, com a agravante de as vítimas terem convencidos parentes e amigos a também investirem nas empresas do acusado, pois ele condicionava a retirada dos valores com o aporte de outros investidores”, pontuou a sentença juiz federal Nivaldo Brunoni, da 23ª Vara Federal de Curitiba.

O Sheik do Bitcoin ainda abriu mais de 80 empresas laranjas para poder movimentar o dinheiro das vítimas. Assim, quando um negócio falia ele podia deixar de honrar os compromissos com os clientes.

Além do Sheik do Bitcoin, outras cinco pessoas que faziam parte da organização criminosa foram condenadas, com penas que variam de 11 a 48 anos de prisão.

A prisão do Sheik do Bitcoin tem caráter imediato e ele não poderá recorrer em liberdade. O homem está preso desde agosto por ter cumprido medidas judiciais, inclusive tendo cometido fraudes durante o julgamento.

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