Suspeito de abusar e matar jovem no PR levou meia-hora para cometer os crimes

Os registros de uma câmera de segurança mostram que Juliano Constantino, suspeito de estuprar e matar a jovem Jociele de Jesus Abreu, permaneceu por pouco menos de meia-hora dentro da mata para onde arrastou a vítima, na madrugada do último domingo (18), em Arapoti, nos Campos Gerais do Paraná.

Pelas imagens, é possível perceber que se passaram exatamente 29 minutos e 47 segundos do momento em que o suspeito ataca a vítima até a hora em que ele sai do matagal, sempre acompanhado por um cachorro (assista ao vídeo no final da reportagem). Tempo em que, conforme as investigações da Polícia Civil do Paraná (PCPR), ele teria estuprado e matado a vítima, além de roubar alguns pertences pessoais dela, como um anel e uma pulseira.

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Preso confessou apenas ter roubado a vítima

De acordo com o delegado Gumercindo Athayde, Constantino confessou apenas ter assaltado a vítima, mas negou os outros crimes.

“Ele alegou que somente empurrou a vítima e apertou o pescoço dela sem matá-la, e que não a teria. Não acreditamos, obviamente, nessa versão. Mas como ele falou que a abordagem que ele fez à vítima sempre foi com a intenção de roubá-la, de subtrair objetos, e como ocorreu o resultado morte, então ele foi indiciado pelo crime de latrocínio. E também pelo crime de estupro. Aguardamos a perícia do IML para confirmar somente se o estupro ocorreu quando ela estava ainda com vida ou sem vida, porque se isso aconteceu após a morte dela, também temos o crime de vilipêndio a cadáver”, explicou o delegado em entrevista à TV Campos Floridos.

Suspeito tentou fugir da região mas foi encontrado em cidade vizinha

Após identificar o suspeito por meio dessas imagens, a PCPR, com o apoio da Polícia Militar do Paraná (PMPR), passou a procurá-lo não apenas em Arapoti, mas também em outros municípios próximos. Ao longo das investigações, os policiais descobriram que o suspeito, que é um andarilho conhecido em toda a região, tentou conseguir uma passagem de ônibus para fugir da cidade.

No entanto, ao ter o pedido negado pelos assistentes sociais, ele fugiu a pé, indo em direção a Wenceslau Braz, onde foi finalmente preso.

“Através de imagens ali que a gente obteve das câmeras de segurança, a gente tem o início dessa execução do crime, tem a imagem do suspeito. A partir disso, passamos a levantar a identificação desse indivíduo. Ele tentou [conseguir] uma passagem no setor de assistência social, na segunda-feira pela manhã. Como ele não conseguiu essa passagem, ele saiu [de Arapoti] a pé e pernoitou em Calógeras (um distrito rural de Arapoti) na segunda-feira. Com certeza, pela condição social atual dele, ele iria se subtrair aos efeitos da Justiça, desaparecendo, indo de cidade em cidade, e seria realmente muito difícil de localizá-lo”, explica o delegado.

Que ressalta que a agilidade das forças de segurança para localizar o suspeito foi fundamental para a solução do caso. “Felizmente, a polícia foi bastante eficaz, muito célere, muito competente, e conseguiu prendê-lo”.

Prisão aconteceu a quase 40 quilômetros do local do crime

O delegado conta ainda que a prisão só foi possível pelo trabalho integrado entre os policiais dos municípios vizinhos à Arapoti.

“Assim que conseguimos ter a identificação [do suspeito] começamos a fazer buscas. Não só em Arapoti, mas também trocando informações com as polícias civil e militar de Jaguariaíva e também de Wenceslau Braz. Então tivemos novas informações de que o suspeito se dirigia à cidade de Wenceslau Braz, inclusive acompanhado de uma mulher. Na primeira abordagem ao suspeito ele conseguiu fugir dos policiais e se embrionou na mata. No entanto, foi montado um cerco, e logo em seguida a polícia logrou êxito em capturá-lo”, complementa.

Assista ao vídeo que mostra o tempo em que suspeito permaneceu no matagal:

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