Suspeito de matar a mãe e enterrar corpo tem histórico de violência familiar
Mãe e irmã do jovem preso preventivamente já haviam pedido medidas protetivas contra ele anteriormente
O jovem suspeito de matar a própria mãe e enterrar o corpo no quintal de casa já tinha sido denunciado por atitudes violentas contra familiares. João Carlos Octávio, de 22 anos, que foi preso preventivamente na quinta-feira (19), é apontado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) como o principal suspeito pela morte de Ivanete Bispo dos Santos Zanardine, na Vila Sabará, na Cidade Industrial de Curitiba.
Conforme a apuração da RICtv, a mãe e a irmã do jovem já haviam pedido medidas protetivas contra o jovem em ao menos duas ocasiões, em 2021 e 2023. No entanto, ele havia retornado ao convívio com os familiares e residia com a mãe e com a avó na casa onde o corpo da vítima foi encontrado. E mesmo após o desaparecimento de Ivanete, conhecida no bairro como Dona Pituca, o jovem manteve a rotina diária e chegou até mesmo a dormir na casa da irmã, sem demonstrar grande preocupação pelo sumiço da mãe.
O filho da vítima é considerado o principal suspeito pela morte desde o início das investigações. Até mesmo os familiares próximos desconfiavam do envolvimento do jovem com o caso. Uma das irmãs do preso relata como era a dedicação da mãe ao filho.
“Ela sempre cuidou dele, toda a vida, por mais que ele já agrediu ela. Mas mãe é mãe. Então ela sempre fazia as coisas por ele. Até, por último, ela estava cuidando da minha filha e ele estava cuidando da vó lá. Então ela pegava algumas coisas aqui na nossa loja e passava para ele, e falava que era ‘porque ele merece, está me ajudando’. Então é bem doloroso isso”, conta Lurian Fernanda dos Santos.
Corpo da vítima foi encontrado nos fundos de casa quase um mês após o desaparecimento
Ivanete ficou desaparecida por quase um mês. O corpo foi encontrado no quintal da casa onde ela morava, pelo genro que foi até o local para tentar descobrir alguma pista para esclarecer o misterioso sumiço.
A PCPR apurou ainda que, dias após o desaparecimento, foram feitas nove tentativas de redefinição de senha do acesso a conta bancária de Ivanete, entre os dias 28 de julho e 03 de agosto.
E no dia 7 de agosto, a filha recebeu uma mensagem, supostamente enviada pela mãe. “Oii Lu tudo bem? Ainda Deus não ordenou minha volta estou mandando mensagem por aki pq meu chip foi cancelado por falta de crédito e também tinha 2 faturas atrasadas. Mas a vó tá bem? O João tá cuidando bem dela? Eu estou bem, o céu aberto e Deus muito presente na minha vida”, dizia a mensagem.
No entanto, a filha suspeitou desde o início que o texto foi escrito por outra pessoa, que estava com o celular da mãe. E como o corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, a polícia acredita que Pituca já estava morta no dia em que a mensagem foi enviada.
Até o momento a PCPR não descobriu como e onde Ivanete foi assassinada. Isso porque a perícia feita na casa não encontrou nenhum vestígio de sangue. Bastante conhecida no bairro, Pituca tinha 50 anos e deixou 4 filhos. Ela trabalhava como diarista e se dedicava a cuidar da mãe idosa, que morava com ela.
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