Suspeito de matar esposa e sogros em Umuarama tem prisão preventiva decretada

Publicado em 11 ago 2021, às 11h39. Atualizado às 11h44.

O homem suspeito de ter cometido um triplo homicídio em Umuarama no último domingo (8) continua preso. Ele passou por uma audiência de custódia na tarde desta terça-feira (10), mas o juiz do caso entendeu que ele não deveria ser liberado e converteu a prisão em flagrante por prisão preventiva.

Jean Michel de Souza havia sido preso em flagrante na tarde desta segunda (9), logo após prestar depoimento na 7ª Subdivisão Policial (SDP) de Umuarama. Na manhã do mesmo dia, os corpos da esposa dele, Jaqueline Soares, 32 anos, e dos sogros Antônio Soares dos Santos, 65 anos, e Helena Maria Marra dos Santos, 59 anos, foram encontrados na residência da família. Eles teriam sido mortos a golpes de faca.

Na audiência de custódia, realizada no Fórum de Umuarama, o juiz do caso entendeu haver motivos para manter o homem preso. Com isso, a prisão dele, em flagrante, foi convertida em prisão preventiva.

Crime passional

As investigações da Polícia Civil apontam para um crime passional. Jean esteve na casa onde aconteceu o crime horas antes dos homicídios, almoçando com a família no Dia dos Pais. A investigação aponta que ele teria retornado ao local mais tarde, momento em que o crime teria acontecido.

Chamou a atenção dos policiais o fato de que Jean foi trabalhar normalmente na manhã de segunda-feira. Ele é empresário e possui uma loja de aviamentos na cidade. Os policiais encontraram Jean na loja. Ao ser questionado, ele teria dito aos policiais que já havia tomado conhecimento do crime através da imprensa.

O Instituto de Criminalística detectou sangue no carro de Jean, na maçaneta esquerda (porta do motorista), volante e câmbio. Na casa da mãe de Jean, foram encontradas manchas de sangue no tanque de lavar roupas.

Já na cena do crime, teria sido encontrada uma pegada de um chinelo marcada a sangue, que seria compatível com o chinelo do suspeito. O depoimento da mãe de Jean também teria sido importante para a prisão.

O corpo de Jaqueline irá passar por exames mais detalhados pois, segundo a polícia, havia sinais compatíveis com agressões para além dos ferimentos feitos pela faca que a matou.

Caso

A família foi morta à facadas num sobrado, fica na Avenida São Paulo, na Zona II, perto do Parque do Japão. Quem os encontrou foi a empregada doméstica, que chegava para trabalhar de manhã cedo. O casal Antônio Soares dos Santos e Helena Maria Marra dos Santos estavam na cozinha, na parte inferior da residência. Jaqueline estava morta em uma banheira, na parte de cima da casa.

Segundo a polícia, Jean Michel e Jaqueline estavam casados há cerca de dois anos, mas a relação seria conflituosa, com o casal morando em residências separadas: Jaqueline com os pais e Jean Michel com a mãe.

A reportagem do portal RIC Mais tentou entrar em contato com o advogado de Jean, mas ele não atendeu aos pedidos de entrevista.