Suspeito de usar as filhas para traficar drogas é preso em flagrante no Paraná

Além do tráfico de drogas, homem é suspeito de cometer uma série de crimes, como cárcere privado, tortura e corrupção de menores

por Luciano Balarotti
Com informações de Fernanda Batistela, da RICtv
Publicado em 29 ago 2024, às 13h33.

Um homem de 42 anos foi preso em flagrante por cárcere privado, tortura, tráfico de drogas e corrupção de menores em Maringá, no norte do Paraná, na quarta-feira (28). De acordo com a Polícia Militar do Paraná (PMPR), ele torturava a esposa, de 29 anos, e usavas as duas filhas, de dois e seis anos, como disfarce para a venda de drogas. Os policiais apreenderam diversos instrumentos que seriam utilizados nas torturas na casa da família.

Um homem de 42 anos foi preso por foi preso em flagrante por cárcere privado, tortura, trafico de drogas e corrupção de menores em Maringá, no norte do Paraná, na quarta-feira (28). De acordo com a Polícia Militar do Paraná (PMPR), ele torturava a esposa, de 29 anos, e usavas as duas filhas, de dois e seis anos, como disfarce para a venda de drogas. Os policiais apreenderam diversos instrumentos que seriam utilizados nas torturas na casa da família.
Policiais apreenderam diversos instrumentos que seriam utilizados pelo suspeito para torturar a esposa (Foto: Reprodução/RICtv)

Conforme as informações da tenente Letícia, a polícia foi chamada pelo Conselho Tutelar, que averiguava os motivos para o elevado número de faltas escolares da menina mais velha. Ao chegar à casa, os policiais encontraram vários indícios de que a mulher e a criança eram vítimas dos crimes.

“Nós fomos acionados pelo Conselho Tutelar porque tinha uma denúncia de cárcere privado. Chegamos ao local e a casa realmente estava toda trancada, com cadeados, todas as janelas fechadas. Uma situação bem precária até para a saúde das crianças. O autor estava no local, então a gente conseguiu realizar a prisão dele ali mesmo”, relata a tenente.

Esposa denuncia abusos e agressões

Ainda na residência, a esposa do suspeito relatou à equipe da PMPR que era vítima de uma série de agressões e abusos, além de ser mantida em cárcere privado.

“Ela confirmou a situação de cárcere privado e relatou também situações de violência doméstica, de lesão corporal, utilizando-se inclusive de alguns instrumentos para gerar essa lesão nela, abuso sexual dela também. E a questão do tráfico também a gente tem algumas testemunhas que confirmam que tinha essa movimentação na residência e que ele utilizava inclusive o carrinho de bebê ou até a caixa de brinquedos das meninas para fazer o tráfico de drogas”, explica a tenente Letícia.

A mulher relatou ainda que o marido usava diversos meios para agredí-la. “Ele a lesionava com esses objetios, uma ripa, um machado, um soldador, um outro tipo de faca. E outros objetos mais voltados para a parte sexual, e fazia o abuso dela”, complementa a tenente.

Faltas na escola chamaram a atenção das autoridades

Conforme a apuração do Conselho Tutelar, a filha mais velha do casal era impedida de frequentar a escola pelo pai. A menina tinha mais de 50 faltas, o que chamou a atenção dos professores.

“A escola relatou uma baixa frequência e eu fui até a residência para advertir o pai sobre essa baixa frequência, mas não o encontrei. E devido a alguns relatos e algumas denúncias nós identificamos que não eram apenas simples faltas. Mas que havia ali uma questão de tráfico de drogas”, conta a conselheira tutelar Laís Palhares.

Leia também:

Agora, o conselho tutelar e a Polícia Civil investigarão se existe algum envolvimento da mãe com possíveis crimes antes de decidir o futuro das duas meninas.

“Vai ser feita uma investigação para que se verifique se a mãe foi mesmo uma vítima ou se ela era conivente com a situação. Se ela é vítima a gente faz todo um atendimento de acolhimento pela rede que Maringá tem, ali no CREAS, com atendimento de psicólogos. Entretanto, se verificado realmente que a mãe era conivente com a situação, sabia que as crianças estavam sendo usadas para isso, a mãe vai responder de forma criminal na delegacia e as crianças serão acolhidas porque essa situação não pode continuar”, afirma a conselheira.

Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui