Suspeito de usar as filhas para traficar drogas é preso em flagrante no Paraná
Além do tráfico de drogas, homem é suspeito de cometer uma série de crimes, como cárcere privado, tortura e corrupção de menores
Um homem de 42 anos foi preso em flagrante por cárcere privado, tortura, tráfico de drogas e corrupção de menores em Maringá, no norte do Paraná, na quarta-feira (28). De acordo com a Polícia Militar do Paraná (PMPR), ele torturava a esposa, de 29 anos, e usavas as duas filhas, de dois e seis anos, como disfarce para a venda de drogas. Os policiais apreenderam diversos instrumentos que seriam utilizados nas torturas na casa da família.
Conforme as informações da tenente Letícia, a polícia foi chamada pelo Conselho Tutelar, que averiguava os motivos para o elevado número de faltas escolares da menina mais velha. Ao chegar à casa, os policiais encontraram vários indícios de que a mulher e a criança eram vítimas dos crimes.
“Nós fomos acionados pelo Conselho Tutelar porque tinha uma denúncia de cárcere privado. Chegamos ao local e a casa realmente estava toda trancada, com cadeados, todas as janelas fechadas. Uma situação bem precária até para a saúde das crianças. O autor estava no local, então a gente conseguiu realizar a prisão dele ali mesmo”, relata a tenente.
Esposa denuncia abusos e agressões
Ainda na residência, a esposa do suspeito relatou à equipe da PMPR que era vítima de uma série de agressões e abusos, além de ser mantida em cárcere privado.
“Ela confirmou a situação de cárcere privado e relatou também situações de violência doméstica, de lesão corporal, utilizando-se inclusive de alguns instrumentos para gerar essa lesão nela, abuso sexual dela também. E a questão do tráfico também a gente tem algumas testemunhas que confirmam que tinha essa movimentação na residência e que ele utilizava inclusive o carrinho de bebê ou até a caixa de brinquedos das meninas para fazer o tráfico de drogas”, explica a tenente Letícia.
A mulher relatou ainda que o marido usava diversos meios para agredí-la. “Ele a lesionava com esses objetios, uma ripa, um machado, um soldador, um outro tipo de faca. E outros objetos mais voltados para a parte sexual, e fazia o abuso dela”, complementa a tenente.
Faltas na escola chamaram a atenção das autoridades
Conforme a apuração do Conselho Tutelar, a filha mais velha do casal era impedida de frequentar a escola pelo pai. A menina tinha mais de 50 faltas, o que chamou a atenção dos professores.
“A escola relatou uma baixa frequência e eu fui até a residência para advertir o pai sobre essa baixa frequência, mas não o encontrei. E devido a alguns relatos e algumas denúncias nós identificamos que não eram apenas simples faltas. Mas que havia ali uma questão de tráfico de drogas”, conta a conselheira tutelar Laís Palhares.
Leia também:
- Pai do suspeito de matar esposa grávida é assassinado em Ponta Grossa
- Suspeitos de matar empresário em mansão de Curitiba são presos
- Suspeito de homicídio de jovem encontrada morta pelo próprio pai é preso
Agora, o conselho tutelar e a Polícia Civil investigarão se existe algum envolvimento da mãe com possíveis crimes antes de decidir o futuro das duas meninas.
“Vai ser feita uma investigação para que se verifique se a mãe foi mesmo uma vítima ou se ela era conivente com a situação. Se ela é vítima a gente faz todo um atendimento de acolhimento pela rede que Maringá tem, ali no CREAS, com atendimento de psicólogos. Entretanto, se verificado realmente que a mãe era conivente com a situação, sabia que as crianças estavam sendo usadas para isso, a mãe vai responder de forma criminal na delegacia e as crianças serão acolhidas porque essa situação não pode continuar”, afirma a conselheira.
Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui