Suspeitos de envolvimento na morte de Maria Elena participam da reconstituição do crime

por Daniela Borsuk
com Thais Travençoli | RIC Record TV
Publicado em 10 fev 2021, às 11h08.

A Polícia Civil realiza, nesta quarta-feira (10), a reconstituição do crime que vitimou Maria Elena de Jesus, de 22 anos, assassinada no dia 12 de janeiro em uma casa em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Leonardo Simões, suspeito de matar a jovem, e o irmão, Ricardo Simões, que pode ter ajudado a ocultar o corpo de Maria Elena, vão esclarecer o que aconteceu na residência. Uma testemunha do caso também vai participar da reconstituição. 

De acordo com o delegado de Polícia Civil de São José dos Pinhais, Fábio Machado, a reconstituição vai servir para tirar dúvidas tanto para a polícia quanto para os advogados.  

“A reconstituição serve para tirar algumas dúvidas sobre a dinâmica dos fatos, determinar se os fatos aconteceram de uma forma ou de outra. Nós vamos até a residência dos suspeitos, lá eles devem dizer como foi a dinâmica dentro da casa, ou seja, como foi o asfixiamento da vítima, como foi a retirada do corpo, e vamos até a Serra da Graciosa, onde eles devem nos dizer exatamente como foi que eles tiraram o corpo do veículo e colocaram no local onde foi desovado”.

Explicou o delegado. 

Algumas circunstâncias de como o crime aconteceu ainda estão confusas, segundo Machado, já que o suspeito contou diversas versões sobre o momento da morte. “Uma hora ele disse que derrubou a vítima do chão, outra hora ele disse que estava por baixo da vítima dando um mata-leão nela, a gente quer saber exatamente como foi isso, de como ele fez isso”, disse. 

Além dos irmãos, Leonardo e Ricardo, uma testemunha que esteve na casa logo após o crime também vai participar da reconstituição, mostrando exatamente o trajeto que fez no local. Conforme a polícia, a testemunha chegou a entrar em alguns cômodos e afirmou não ter visto o corpo. Ela ainda contou que saiu correndo da residência depois que Leonardo a ameaçou de morte. 

“Esperamos que com essa diligência a gente encerre esse caso, dando uma resposta para a sociedade exatamente do que aconteceu, com todas as dúvidas esclarecidas neste caso”.

Finalizou o delegado Fábio Machado. 

Relembre o caso 

Maria Elena de Jesus, de 22 anos, desapareceu após participar de uma festa na casa de Leonardo Simões, de 29 anos, no dia 12 de janeiro. Segundo o depoimento do suspeito, eles teriam discutido e, durante a briga, ele acabou asfixiando a jovem com um mata-leão. O corpo de Maria Elena ficou na residência até o dia 14 de janeiro, quando Ricardo teria ajudado o irmão a levar o cadáver até a Serra da Graciosa, em um local de difícil acesso, para fazer a desova. 

Leonardo se entregou para a polícia e confessou o crime no dia 3 de fevereiro. Depois, ele levou a equipe até a Serra da Graciosa para indicar o local onde o corpo da jovem estava. Ricardo também se apresentou na delegacia na sequência. Ambos estão presos preventivamente. Leonardo foi indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver e Ricardo por ocultação de cadáver.