Suspeitos de lavagem de dinheiro são alvo de operação do Gaeco em Maringá

Grupo criminosos utiliza uma empresa de fachada que atua na venda de eletrônicos na internet para efetuar os desvios

por Guilherme Becker
com informações do MPPR
Publicado em 27 jun 2024, às 09h40.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR), por meio do Núcleo de Maringá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta quinta-feira (27), a Operação Versalhes. O objetivo da ação é investigar um grupo criminoso suspeito de lavagem de dinheiro envolvendo administradores de uma empresa de fachada que atua na venda de produtos eletrônicos pela internet.

Operação do Gaeco cumpre mandados no Paraná e em Santa Catarina
Operação do Gaeco cumpre mandados no Paraná e em Santa Catarina (Foto: Divulgação/ MP-PR)

Foram cumpridos nos municípios de Maringá, Sarandi, Peabiru e Balneário Camboriú (SC) 16 mandados de busca e apreensão, buscas pessoais, constrição (bloqueio) de veículos, e bloqueio de ativos financeiros em montante superior a R$ 5 milhões contra os investigados.

As apurações tiveram início em março de 2022 e revelaram indícios de que a pessoa jurídica investigada estaria sendo utilizada para dar aparência de legalidade a valores provenientes de atividades ilícitas. Transações suspeitas foram identificadas em uma plataforma de marketplace, sugerindo a simulação da venda de produtos pela internet como forma de justificar valores obtidos ilicitamente. 

Além disso, verificou-se que os administradores da empresa, que se declaram agricultores, possuíam outras fontes de renda, como a compra e venda de veículos de alto padrão e atividades de factoring (fomento mercantil). Os investigados têm antecedentes criminais, com condenações por receptação e tráfico de drogas.

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Um dos alvos da operação, residente em Peabiru, é suspeito de movimentar valores para os empresários investigados, mediante a troca de cheques e transferências eletrônicas. Outro investigado, possível laranja do esquema, é morador de Balneário Camboriú (SC) e foi identificado como responsável por fornecer dados falsos para a transferência fraudulenta da sede da empresa de comércio eletrônico para o município catarinense, configurando indícios de um esquema de lavagem de dinheiro em escala interestadual.

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