"Toda manhã acordo pensando que vamos encontrá-la", diz mãe de Ísis Miserski

Flávia Mizerski desabafa sobre os quatro meses de angústia pelo desaparecimento da filha e acredita que o principal suspeito, preso em Ponta Grossa, teve ajuda para cometer o crime

por Guilherme Fortunato
com informações de Beatriz Frehner, da RICtv
Publicado em 4 out 2024, às 14h39. Atualizado às 14h43.

Flávia Mizerski falou sobre a dor dos quatro meses do desaparecimento da jovem Ísis Victória Miserski. A garota foi vista pela última vez no dia 6 de junho, em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná. O principal suspeito, Marcos Wagner de Souza, está preso em Ponta Grossa.

"Toda manhã acordo pensando que vamos encontrá-la", diz mãe de Ísis Miserski
Flávia falou sobre a dor que está sentindo nesses meses sem a filha (Foto: Reprodução / RICtv)

Em entrevista para a RICtv Curitiba, Flávia falou que ainda acorda pensando se vai ter alguma novidade sobre o sumiço da menina.

“Ela foi meu primeiro amor. Minha primeira filha. Eu penso assim: como estou suportando? Quando desperta o celular para acordar minha filha mais nova, eu lembro dela. Todas as manhãs estão sendo as mais difíceis da minha vida”, disse Flávia.

Flávia acredita que vigilante não agiu sozinho

A mãe da jovem Ísis disse que tem certeza que Marcos Wagner matou a menina e que ele teve ajuda para cometer o crime.

“Eu tenho certeza que ele colocou ela no carro e nunca mais voltou. Ele tirou a vida da minha filha, e tenho as dúvidas se fez sozinho”, afirmou.

Ísis Miserski foi vista pela última vez no dia 6 de junho, em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, após se encontrar com Marcos Wagner
Ísis está desaparecida desde o dia 6 de junho, quando foi se encontrar com o vigilante (Foto: Arquivo pessoal)

Dia do desaparecimento de Ísis

Ísis saiu de casa no dia 6 de junho e disse para a irmã que iria se encontrar com Marcos. Ela revelou que estava grávida dele. A menina até tentou entrar em contato com a mãe, mas a mensagem foi apagada. Flávia Miserski contou detalhes de como foi o dia em que a filha desapareceu.

“Sai e fui no mercado. Fui até o quarto dela e perguntei se queria alguma fruta, mas a Ísis respondeu que só queria um chocolatinho. Quando voltei, ela não estava mais em casa. Peguei meu celular e vi a localização e ela estava online. Depois não tive mais nenhum contato”, explicou.

Polícia aponta que Marcos Rone agiu sozinho em crime contra Ísis
Polícia aponta que Marcos Rone agiu sozinho em crime contra Ísis (Foto: Reprodução/ PCPR)

A localização da jovem estava a cerva de 3 quilômetros de casa. A mãe não entendeu o motivo da filha estar na saída da cidade naquele horário. Uma imagem de câmera de segurança mostrou Ísis Victória antes do encontro com o vigilante. Esse foi o último registro dela com vida.

“Eu sabia que ela tinha dado um sumiço nela. Naquele momento eu já senti o pior. Na hora pensei que ele a levaria para algum lugar e fazê-la abortar a criança”, revelou.

Flávia Mizerski afirmou que Marcos Wagner era acobertado por muitas pessoas. “Ele era o próprio mal à solta na cidade”, disse a mãe da jovem.

Inquérito policial

A Polícia Civil concluiu que o vigilante é o responsável pelo desaparecimento e morte de Ísis Miserski. Ele é acusado de homicídio triplamente qualificado. O inquérito da Polícia Civil concluiu que Marcos Wagner de Souza é o responsável pelo desaparecimento e morte da garota. Ele deve responder por feminicídio, aborto da gestante e ocultação de cadáver.

 “Toda manhã acordo pensando que vamos encontrá-la. Para ele pode não significar nada, mas para nós, como família, isso é o mínimo que ele pode fazer”, concluiu Flávia.

Perícia apura se sangue e cabelo no carro do vigilante eram de Ísis Miserski
Polícia encontrou sangue e dois fios de cabelo no carro de Marcos Wagner (Foto: Reprodução / RICtv)

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