por Eduardo Teixeira
com colaboração da repórter Bruna Froehner

O jovem de 25 anos, Alan Henrique Araújo Domingues, torcedor do Palmeiras, que se envolveu em uma briga de torcidas organizadas morreu no Hospital Cajuru em Curitiba, nesta segunda-feira (13). A confusão aconteceu em frente ao estádio Major Couto Pereira, do Coritiba. Segundo a Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe), a morte do torcedor do Palmeiras não foi causada por agressão.

“Ele apresentava um quadro de hipoglicemia (diabetes), muito provavelmente que durante sua vinda para Curitiba, este torcedor ingeriu bebida alcoólica e talvez tenha feito uso de outras substâncias entorpecentes. Isso veio potencializar o seu quadro de diabetes e naquela oportunidade de confronto, ele sofreu um desmaio”.

“A causa da morte, o problema que ele teve, nada teve a ver com agressão ou com o confronto. Ele não apresentava nenhuma lesão, nenhuma fratura e sim o quadro de hipoglicemia”.

disse o Delegado Luiz Carlos de Oliveira.

O Hospital do Cajuru também confirmou a morte do jovem e informou que a pedido da família, não serão repassadas mais informações a respeito do caso.

“Informamos com pesar o falecimento do paciente Alan Henrique Araújo Domingues. A pedido da família, não serão repassadas outras informações a respeito do caso”.

A torcida organizada Mancha Verde do Palmeiras emitiu uma nota de repúdio à Polícia Militar criticando a organização e a organização. 

Em um dos trechos, a nota afirma que o comandante da escolta errou o trajeto e parou para perguntar onde era a entrada e explicaram que o ônibus com torcedores de São Paulo estava do lado errado”. 

“Nesse momento a torcida do time mandante apareceu e começaram a jogar pedras. O nosso ato foi a própria proteção. Descemos dos ônibus para não sermos apedrejados.” Assim como no futebol, em situações de perigo você se defende atacando”.

Leia a nota da íntegra:

NOTA DE REPÚDIO – Polícia Militar do Paraná

A Mancha Alvi Verde vem esclarecer os fatos e não justificar as imagens. 

Alguns pontos importantes: 

Alguns dias antes da partida o Comandante da PM do Paraná entrou em contato e passamos a quantidade de ônibus (7), horário que iríamos sair de Sampa e eles marcaram o último pedágio antes de chegar em Curitiba como ponto de encontro para revista e escolta até o estádio.

Todos os torcedores dos sete ônibus estavam com ingressos comprados no site da FutebolCard pelo valor de R$ 200,00.

OS FATOS 

A nossa parte apalavrada foi feita, chegamos no último pedágio no horário marcado e a partir dali começou o despreparo da PM. 

Pouco efetivo policial para a revista dos 7 ônibus, ou seja, 350 torcedores ficaram horas parados na estrada sem poder comer ou ir ao banheiro. A demora na revista atrasou a saída dos ônibus para o estádio.

A PM conseguiu errar o caminho para o estádio por duas vezes atrasando ainda mais a nossa chegada. Os próprios motoristas dos nossos ônibus estranharam o caminho feito, já que estiveram dias atrás trazendo outra torcida de SP para o mesmo estádio e o caminho foi outro.

A primeira ainda foi possível manobrar com uma certa dificuldade e a sorte é que estávamos distante do estádio.

A segunda vez foi algo que nem um escolteiro faz. Era nítido que o policial estava perdido e entrou com sete ônibus em uma rua estreita, com carros dos dois lados, próximo ao estádio e com movimentação de torcedores do Coritiba. O Comandante da escolta parou para perguntar aonde era a entrada e explicaram que estavamos do lado errado. Esse mesmo comandante pediu para os ônibus voltarem de ré e nesse momento a torcida do time mandante apareceu e começaram a jogar pedras.

Esses foram os fatos e as imagens que todos viram foram os ATOS.

E o nosso ATO foi a própria proteção. Descemos dos ônibus para não sermos apedrejados.

Assim como no futebol, em situações de perigo você se defende atacando.

Mesmo em menor número foi possível controlar a situação e auto defender os nossos torcedores.

A tal da Escolta de pouco efetivo, quando houve o primeiro ataque da torcida rival sumiu e, depois de alguns minutos que tivemos que controlar a situação, chegou o “reforço” policial ainda mais despreparado e dando tiro de borrachas sem uso de critério para controle de multidões e soltando bombas de gás lacrimogêneo em uma quantidade surreal (que deu para sentir até dentro do gramado).

Como sugestão indicamos o 2. Batalhão de Choque do Estado de SP para ministrar treinamento ao Comando da PM do Paraná.

O restante não queremos aqui justificar as imagens, aconteceu o que tinha que acontecer para evitar um massacre.

Não aceitamos mentiras que foram divulgadas como “estavam sem ingressos e tentaram invadir o estádio”, “tentaram invadir a sede de outra torcida”.

O despreparo de quem deveria proteger a população não pode ser negligenciado e virar cortina de fumaça pelo historico de organizadas.

Não saímos de SP com cada um pagando R$ 130,00 de passagem e R$ 200,00 de ingresso, com muitas mulheres e crianças em nossos ônibus para não entrar no jogo, invadir sede e brigar.

Também não saímos de SP para sermos mal tratados por PM’s amadores, que nos jogaram em uma cilada para sermos apedrejados e massacrados dentro de ônibus.

Saímos de SP para ver o jogo e como não deixaram, saímos dos ônibus para defender as nossas vidas, nossas mulheres e crianças.

E assim, foi o que de fato aconteceu!

Diretoria Mancha alvi Verde

13 jun 2022, às 12h52. Atualizado às 14h17.
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