Operação contra tráfico internacional de armas é deflagrada pela PF

Publicado em 29 jul 2020, às 07h53.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (29) a Operação Mercado das Armas, que visa combater o tráfico internacional de armas de fogo e acessórios em oito estados brasileiros.

Tráfico internacional de armas: suspeitos atuam em oito estados do Brasil

De acordo com a PF, cerca de 130 policiais federais estão cumprindo mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva nos estados do Paraná, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

Durante as investigações do tráfico internacional de armas, a polícia descobriu que os suspeitos atuavam no Paraná, Minas e São Paulo, sendo estes os locais responsáveis pela associação na importação, transporte e remessa de armas de fogo e acessórios, que teriam como destino estados brasileiros.

Foto: reprodução PF

Conforme a PF, as armas e acessórios eram importados do Paraguai, e contavam com o auxílio de atravessadores paraguaios para chegar até o Brasil.

Ao todo, foram realizadas apreensões de armas de fogo e acessórios escondidos dentro de equipamentos como rádios, climatizadores e panelas elétricas, que eram remetidos e transportados pelos Correios e por transportadoras privadas.

Por fim, os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de armas de fogo e acessórios, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Caso os suspeitos sejam condenados podem pegar até 12 anos de prisão.

Kit Roni

Conforme os policiais, um dos acessórios comercializados pelos investigados é o Kit Roni, que em um de seus modelos para uso exclusivo com pistolas de airsoft era transformado para uso com armas de fogo e munições reais, tornando o equipamento uma espécie de submetralhadora, podendo-se utilizar carregadores estendidos e seletores de rajadas.

A importação desse acessório era realizada de forma ilegal, sem os certificados necessários e vendidos por plataformas virtuais sem o fornecimento de notas fiscais.