por Daniela Borsuk
com informações da RIC Record TV Curitiba

Nesta segunda-feira (5), após a finalização do inquérito policial sobre o caso do assassinato de Ana Paula Campestrini, a namorada da vítima, Luana Melo, deu entrevista para a equipe do programa Balanço Geral Curitiba, da RIC Record TV, ao vivo. Luana afirmou que o que a mantém em pé neste momento difícil é a busca por justiça.

Ao ser questionada sobre como está se sentindo agora, 13 dias após a morte da companheira, Luana afirmou que ainda está perdida, sem acreditar que a namorada, com quem morava e fazia planos para o futuro, foi cruelmente assassinada.

“Eu estou bem perdida, bem confusa com o que tá acontecendo, ainda é inacreditável para mim, não caiu a  ficha que eu nunca mais vou ver ela. Está bem complicado, mas a gente segue em pé. O que está me mantendo é essa busca por Justiça, é fazer com que o nome dela seja ouvido nos quatro cantos do mundo se for preciso”, descreveu Luana.

Agora, Luana tenta se reerguer com a ajuda de amigos e familiares, está organizando as mudanças de residências e tenta aceitar a perda para seguir em frente.

“É dor, é um vazio muito grande, é difícil, cada dia a gente pensa ‘hoje eu vou ficar bem, hoje eu vou aceitar que isso aconteceu, eu vou seguir em frente, ela não ia gostar de me ver assim para baixo’, mas é difícil. Cada lembrança, cada foto, até as entrevistas, é muito difícil”. 

Se emocionou Luana.

Luana contou que agora planeja colocar em prática alguns dos sonhos que tinha com Ana Paula, para manter viva sua memória. “Tentar concretizar alguns sonhos que a gente tinha juntas, ela tinha um sonho do aniversário de 40 anos dela ir pra Grécia, comemorar lá, seria ano que vem. Quem sabe se estiver ao meu alcance eu consiga realizar esse sonho e levar para lá a memória dela”, disse a namorada.

Em relação à como Luana está se sentindo sobre Wagner Cardeal Oganauskas, ex-marido da vítima e suspeito de ser o mandante do crime, ela destaca que não está com medo. “Eu sei que o medo cala muitas pessoas e eu não posso deixar que o medo me cale, porque se ele me calar, a Ana Paula não vai receber Justiça”, finalizou.

Inquérito policial

O inquérito policial do caso foi encerrado no sábado (3). Conforme a delegada responsável pelo caso, Tathiana Guzella, Marcos Antônio Ramon, suspeito de ser o atirador que executou Ana Paula na frente do portão da casa onde moravafoi indiciado por homicídio triplamente qualificado, mediante a paga, meio cruel, emboscada e impossibilidade de defesa da vítima.

Já Wagner Oganauskas, suspeito de ser o mandante do crime, foi indicado por homicídio quintuplamente qualificado, com as qualificadoras de feminicídio, paga e torpe, meio cruel, emboscada e impossibilidade de defesa da vítima e assegurar vantagem de outro crime – relacionado aos cinco processos na Vara da Família.

5 jul 2021, às 13h31.
Mostrar próximo post
Carregando