Velório de adolescente que morreu após briga escolar em Apucarana é marcado por revolta
Nesta quinta-feira (23), o corpo de Alekson Ricardo Kongeski foi velado e enterrado em Apucarana, no norte do Paraná. Ele, que tem 13 anos, morreu após se envolver em uma briga escolar registrada na noite desta terça-feira (21). Familiares não aceitam a informação da Polícia Civil de que a morte não foi causada por espancamento.
Na quarta-feira (22), em entrevista ao vivo para o apresentador do Balanço Geral Londrina, Giuliano Marcos, o delegado Felipe Pinheiro Rodrigues fala sobre as investigações. Ele diz que o menino pode ter morrido em decorrência de um mal súbito, e não devido à agressões. Isso porque o corpo do jovem não teria marcas de violência.
Entretanto, a família discorda da possibilidade e questiona a informação. A tia de Alekson, Patrícia Kongenski, afirma ter visto ferimentos no corpo.
“Eu quero que venham e que me falem que naquele corpo não tem marca de agressão. Ele está com as mãos tudo raladas, o rosto roxo […]. Como que aquilo não é agressão? Aquilo é agressão. […] Se ele teve morte súbita, ela veio através da agressão que ele sofreu”,
disse Patrícia Kongenski.
A família, que confirma o quadro de convulsão, acredita que a briga poderia ter sido evitada pelo Colégio Padre José Canale. De acordo com Andressa dos Santos, madrasta de Alekson, a briga estava “marcada” para segunda-feira (20) porque o jovem havia defendido outro aluno.
“Quando foi na terça-feira, armaram para pegar ele na saída do colégio. Só que não deu tempo”,
conta Andressa.
De acordo com a Polícia Militar (PM), seis adolescentes estão envolvidos nas agressões. O delegado Felipe Pinheiro Rodrigues disse que somente uma pessoa teria agredido o adolescente e as outras teriam participação apenas prestando “assistência moral ao fato”.
O Instituto Médico Legal (IML) deve fazer novos exames. O laudo oficial deve ser divulgado em 10 dias. Os seis adolescentes envolvidos no caso prestaram depoimentos e foram liberados.
A briga aconteceu na Rua Emiliano Perneta. A PM o encontrou caído no chão com uma pessoa sobre o seu corpo fazendo massagem cardíaca, tentando reanimá-lo. A troca de socos e chutes foi filmada por testemunhas.