Vereador é detido por desacato e resistência após confusão com PM em bar
O vereador de Araucária Vilson Cordeiro, conhecido como Grilo, foi detido por desacato e resistência após se envolver em uma confusão em um bar localizado no bairro Campina da Barra, na noite deste sábado (21). O político teria incitado a população contra uma equipe da Polícia Militar, que foi até o estabelecimento para atender uma situação de perturbação do sossego.
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De acordo com informações de testemunhas, Grilo atacou os policiais militares, que precisaram usar um teaser de choque para conter o vereador. Mesmo sem ferimentos, o homem foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento pelos policiais e, depois, encaminhado para a delegacia para prestar esclarecimentos.
Conforme informações da assessoria da Polícia Militar, o vereador não teria aceitado que seu veículo – que tinha débitos administrativos e estava estacionado irregularmente – fosse recolhido pela equipe.
“A Polícia Militar do Paraná informa que o encaminhamento aconteceu por desacato e resistência, após o autor não aceitar o recolhimento do veículo utilizado, pois, estava com débitos administrativos, além de estar estacionado em local de guia rebaixada, impedindo a entrada e saída de veículos”, detalhou a corporação, em nota.
Grilo foi encaminhado para a delegacia, assinou o termo circunstanciado e foi liberado. O carro acabou sendo apreendido.
Versão do vereador
Após a confusão no bar, Grilo fez uma publicação nas redes sociais alegando que não foi preso, que não agrediu ninguém e nem foi agredido. Ainda, disse que não se identificou como vereador e negou que tenha dado “carteirada” durante a abordagem da Polícia Militar.
Leia a publicação do vereador:
“Fui a um estabelecimento comercial no bairro onde moro, e ao chegar me deparei com uma abordagem policial, assim, como um cidadão normal, me dirigi a equipe que realizava a abordagem e perguntei o que estava acontecendo, onde houve uma receptividade ríspida da autoridade policial, o que ensejou um desentendimento entre nós. Sendo esse o único motivo de eu ir até o 17 batalhão da PM prestar esclarecimentos, passando na UPA devido a protocolo da PM.
Sendo assim, importante ressaltar que NÃO FUI PRESO, muito menos agredido ou agredi alguém. Todos que me conhecem sabem da minha índole e respeito as pessoas e as autoridades, tratando todos com urbanidade. Ainda, gostaria de deixar claro que não me identifiquei como vereador, ou como dizem (dei carteirada em alguém) estava lá na condição de cliente e amigo das pessoas. O que não envolve minha atividade parlamentar ou a Câmara de Vereadores.
Antes de ser vereador sou uma pessoa normal e que infelizmente estamos sujeitos a essas situações. Lamento o ocorrido, e continuo a admirar e respeitar muito a Polícia Militar do Estado do Paraná que tanto faz por nós.”
Posicionamento da Câmara de Vereadores de Araucária
A Câmara Municipal de Araucária também emitiu nota sobre o assunto após a repercussão da confusão, informando que acompanha o caso, mas que ele não tem relação com o órgão. “Não sendo o fato que afete diretamente a instituição, não há nenhuma questão a ser resolvida pela Câmara de Araucária”, disse a nota.
“Vale reforçar que, mesmo membro da Câmara, o vereador é uma pessoa comum, sujeita a qualquer situação, sendo necessário separar o que é feito por meio do cargo do que é feito por decisões próprias”, finalizou o assessor da Câmara, Luis Gustavo de Oliveira.