'Luz da Infância': Dois suspeitos são presos em operação contra pornografia infantil
Dois homens foram presos em flagrante durante a 9ª fase da Operação ‘Luz na Infância’, na tarde desta quinta-feira (30) no bairro Batel, em Curitiba, e no centro da capital paranaense. A ação tem como objetivo encontrar indivíduos que estejam armazenando fotos ou vídeos de pornografia infanto-juvenil.
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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) cumpriu, nesta quinta, quatro mandados de busca e apreensão. Os outros dois alvos foram no bairro Boqueirão, em Curitiba e em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), no entanto, não há informações sobre os suspeitos.
A ação foi articulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi). O Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil do Paraná (Nuciber) e a Polícia Científica também deram suporte à ação.
Conforme o delegado José Barreto de Macedo Júnior, responsável pela ação, com um dos indivíduos foram encontrados mais de 60 HDs.
“São, infelizmente, milhares de vítimas. Não só em vários estados do Brasil como no exterior. Existe uma grande rede internacional de pornografia infanto-juvenil e os indivíduos trocam essas fotos e arquivos. Inclusive, existe um ranking de quem compartilha mais e quem tem mais arquivos”,
conta o delegado.
Os suspeitos vão ficar à disposição do juiz para esclarecimentos. Porém, existe a possibilidade do pagamento de uma fiança.
“As investigações vão continuar para confirmar se houve compartilhamento ou não dessas fotos para terceiros, se os suspeitos produziram ou fizeram o download do conteúdo. […] E se eles foram as pessoas que estavam de fato fazendo os atos sexuais com aquelas crianças e adolescentes”,
afirma José Barreto.
O profissional ainda afirma que “a partir do momento que a pessoa armazena fotos ou vídeos de crianças e adolescentes em situação de nudez ou em situação de sexo isso é crime e está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente”.
A lei prevê punição diferente para cada ação: armazenamento, compartilhamento, venda e produção para esse tipo de conteúdo, além de responder pelo crime de estupro de vulnerável.