Homem que matou a mãe com tesouradas enfrenta problemas psicológicos, diz família
Um familiar do homem que feriu a mãe com tesouradas enquanto ela estava internada no Hospital da Providência, em Apucarana, norte do Paraná, comentou sobre a relação do filho com a idosa e os problemas que ele enfrenta. O parente, que preferiu não se identificar, disse que o homem era carinhoso mas, há algum tempo, apresentava problemas psicológicos.
“A gente vem vendo algumas mudanças de comportamento e humor […] Na sexta-feira (28), levamos ele ao médico. Ele ia começar a tomar os medicamentos. É um homem muito trabalhador, muito honesto, aposentado, pai de família, um filho muito amoroso. Notamos a mudança de comportamento, procuramos atendimento e hoje (31) ele ia começar a tomar medicamento. Infelizmente aconteceu essa tragédia”,
lamenta o parente.
Em entrevista à equipe da RICtv Londrina, o familiar revelou que o filho era quem cuidava da mãe, que estava internada há duas semanas. A doença da idosa, segundo ele, mexeu com toda a família: “a gente vê na internet o que as pessoas falam, mas a gente não sabe como é difícil lidar com um doente, porque não é só o doente que adoece, a família também. A família também precisa de ajuda, de saúde mental.”
Entenda o caso
No domingo (30), o filho feriu a mãe com tesouradas na região do tórax e do pescoço. Conforme apurado pela Polícia Militar (PM), foram os enfermeiros do hospital quem contiveram o homem e levaram a idosa para o centro cirúrgico, em estado grave.
Na segunda-feira (31), a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Em depoimento à Polícia Civil (PC), o filho confessou o crime mas disse não saber o motivo pelo qual o cometeu. A suspeita, de acordo com os policiais, é que ele tenha tido um surto psicótico ao ficar sabendo que a mãe usaria uma sonda quando saísse da instituição. O real motivo, no entanto, ainda não foi esclarecido.
Policiais, psicólogos e profissionais especializados nesse tipo de crime estão investigando o caso e as condições mentais do homem. A idosa deixou dois filhos e quatro netos. Os familiares alertam para a importância de discutir a saúde mental.
“Saúde mental é um tema muito importante para a sociedade, não é só em setembro que precisamos falar sobre, precisamos falar sobre o ano inteiro porque depressão, doença mental mata, destrói famílias”,
conclui o parente.