Polícia investiga se idoso desaparecido morreu em asilo clandestino, em Colombo
Um idoso identificado como Paulo Minervino, que estava em um asilo clandestino em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, está desaparecido desde novembro do ano passado. Nesta quinta-feira (30), após o resgate de 10 pessoas no local, o investigador da Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, Luiz Felipe Carioca, relatou que a polícia já investigava o sumiço de Minervino, após uma denúncia da família do homem.
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A princípio, a vítima tinha sido deixada pela família em outra residência, que sofreu uma ação civil pública devida às más condições em 2020. Depois disso, Minervino teria sido realocado e acabou indo para o asilo clandestino em Colombo. Segundo o investigador, a família do homem relatou que pagava cerca de R$ 1.200 de mensalidade para o proprietário do asilo, mas que parou de receber informações sobre o homem no final do ano passado.
Os parentes teriam questionado o dono do asilo, mas não receberam mais nenhum vídeo ou prova da presença do idoso no local. “A investigação começou com boletim de ocorrência de natureza desaparecimento. No desenrolar da investigação chegamos ali a informação de que a casa na qual seu Paulo Minervino ficava sofreu ação civil pública no ano de 2020, no qual se olhar o relatório do Ministério Público e da Vigilância Sanitária é um verdadeiro enredo de filme de terror”, contou Carioca.
“Eles viviam literalmente no meio de fezes e disputavam comida, inclusive. Esses abrigados foram realocados para outros abrigos e o Paulo Minervino ele foi visto pela última vez pela família em novembro do ano passado. E desde então a família não tem mais nenhum contato com o seu Paulo Minervino. Inclusive pede vídeo, uma prova de vida, de que ele esteja bem, e os proprietários do abrigo, que já foram identificados, não fornecem nenhuma informação, simplesmente enrolam a família. Seriam os proprietários deste asilo, supostamente”,
explicou o investigador.
No resgate desta quinta-feira (30), a polícia questionou os idosos sobre o desaparecimento de Minervino e foi informada que o homem teria morrido e que o corpo foi levado do local. A família, porém, nunca foi informada. “Uma testemunha, muito lúcida, diga-se de passagem, duas na verdade, confirmou que seu Paulo Minervino foi avistado morto em uma cama, talvez ali uma morte natural, mas não foi comunicada a família, a família não tem essa informação, nós estamos apurando para saber o paradeiro de Paulo Minervino. Esperamos que ele não esteja morto”, esclareceu Carioca.
“Os proprietários deste local seriam os mesmos proprietários de uma casa que sofreu uma ação civil pública”, informou ainda o investigador. A família de Minervino ainda contou que, sempre que atrasavam o pagamento, eram cobrados pelo responsável pelo asilo. No entanto, sem respostas do homem, pararam de quitar as mensalidades e ele também não questionou a falta de pagamento.
O casal suspeito de manter o asilo clandestino já foi identificado, mas ainda não foi localizado. A polícia segue investigando o caso.