"Viúva Negra do PCC" é assassinada no mesmo lugar onde ordenava mortes no PR

A mulher já foi presa por tráfico de drogas e absolvida de duas acusações de homicídio

por Mahara Gaio
com informações de William Bittar, da RICtv
Publicado em 21 ago 2024, às 20h28. Atualizado às 20h29.

Jucimara Maria de Freitas Tavares, de 56 anos, conhecida como “Viúva Negra do PCC (Primeiro Comando da Capital)” foi morta na noite de terça-feira (13), em Paranaguá, no litoral do Paraná. Jucimara foi assassinada com 15 tiros no mesmo lugar onde ordenava mortes de integrantes da facção que estariam devendo.

"Viúva Negra do PCC" é assassinada no mesmo lugar onde ordenava mortes no PR
Jucimara já foi presa por tráfico de drogas e absolvida de duas acusações de homicídio (Foto: Reprodução/RICtv)

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A mulher era quem determinava a pena de cada membro da facção e normalmente era a morte dessas pessoas. Segundo o advogado Paulo Veiga, Jucimara teve uma vida marcada por acusações e “uma condenação que envolve o tráfico de drogas”.

A primeira vez em que a mulher teve passagem pela polícia foi em 1995, quando foi presa por tráfico de drogas e ficou detida por mais de dois anos. Já em 1998 e 1999 foi presa novamente. Conforme as informações da RICtv, de 2008 a 2013 foi o período em que ficou mais tempo na prisão, por causa de uma suspeita no envolvimento na morte de um companheiro.

Já em 2019, Jucimara voltou a ser alvo da polícia em razão de uma tentativa de homicídio, também contra um companheiro. E por isso, a mulher começou a ficar conhecida como “Viúva Negra do PCC”. Ainda no mesmo ano, a mulher foi presa com mais seis pessoas em uma mega operação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) contra o tribunal do crime que atuava em Paranaguá.

Jucimara foi julgada duas vezes por júri popular e foi absolvida. “A sociedade de Paranaguá reconheceu que ela não tinha envolvimento com isso e absolveu ela das acusações […] Em duas oportunidades [o povo de Paranaguá] afastou o envolvimento dela com o PCC e nas possíveis mortes”, explicou Paulo.

No entanto, ao longo dos anos, outras facções criminosas tentam ocupar os pontos de tráfico de drogas que antes eram liderados pelo PCC, e isso motivou uma guerra entre os criminosos. O advogado relata que a forma como Jucimara morreu é típico de disputa de território. “É um cenário típico de pessoas que têm envolvimento com o tráfico de drogas. É uma situação atípica, que indica talvez, que ela realmente ainda estava ligada ao tráfico e de que talvez ela fosse uma membra do PCC”, disse.

A partir de agora, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) irá seguir com as investigações e também o Ministério Público do Paraná (MP-PR) irá apurar o delito e apontar se Jucimara realmente fazia parte da facção, segundo o advogado Paulo Veiga.

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