Curitiba registra aumento na morte de motociclistas na pandemia

por Valeska Macedo
com informações da Câmara Municipal de Curitiba e supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 14 jun 2022, às 21h47.

A superintendente de Trânsito de Curitiba, Rosângela Battistella, apresentou aos vereadores da capital, nesta terça-feira (14), dados que mostram o aumento na morte de motociclistas durante a pandemia da Covid-19. Em 2020, foram registrados 69 óbitos, número que permaneceu em 2021.

“Infelizmente, em 2020, tivemos mais mortes de motociclistas. Tivemos aumento muito grande de motociclistas nas ruas, durante a pandemia, atuando com serviços de entrega”,

lamentou a superintendente de Trânsito.

O titular da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito, coronel Péricles de Matos, também estevena Câmara Municipal de Curitiba (CMC) para mostrar o gráfico sobre as mortes de motociclistas. Em 2011, os óbitos beiravam a marca de 100 por ano. Mas os números foram caindo nos anos seguintes e, em 2015, diminuíram quase à metade. Em 2016 a 2019, houve um pequeno aumento. Mas, no primeiro ano da pandemia, em 2020, o número saltou para 69 e permaneceu nesse patamar em 2021.

“As áreas de espera [motocaixas] têm resolvido muito a questão de segurança. Nós nos espelhamos em São Paulo, que reduziu muito os acidentes de motos com essas caixas. O artigo do código [Código de Trânsito Brasileiro] que proibia as motos entre veículos, foi vetado, então eles não precisam ficar um atrás do outro, comportando-se como outros veículos. Eles podem ficar entre faixas e, tendo a caixa de espera, facilita para que eles saiam na frente, não prejudicando o fluxo de veículos”,

comentou Battistella.

Radares e multas

Na apresentação de dados de trânsito aos vereadores, Batistella e Mattos também revelaram que foram emitidos 396.164 multas de trânsito de janeiro a maio deste ano, sendo 237.174 por meio de dispositivos de fiscalização eletrônica (lombadas eletrônicas ou radares).

Os valores arrecadados com multas aumentaram em função da lei federal 13.281/2016, que reajustou as infrações em cerca de 55%. A infração leve, por exemplo, que correspondia a R$ 53,20, depois de 2016 passou para R$ 88,38.

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