Moradores e motoristas reclamam de mudanças no trânsito em binário no São Lourenço
Modificações no sentido do tráfego de oito ruas da região causam confusão
Moradores do bairro São Lourenço e motoristas que passam diariamente pela região reclamam das mudanças no trânsito para a ampliação do binário das ruas Mateus Leme e Nilo Peçanha. A intervenção alterou o sentido de tráfego de oito ruas nas proximidades do Parque São Lourenço e da Pedreira Paulo Leminski na quarta-feira (12).
As reclamações dizem respeito principalmente à falta de segurança para os pedestres, especialmente para os alunos dos colégios e creche da região, e aos congestionamentos registrados nos horários de pico já no primeiro dia de funcionamento dessa nova fase do binário.
Pais de alunos reclamam da falta de segurança para embarque e desembarque
A falta de vaga para estacionar na hora de deixar o filho na creche, por exemplo, é uma das reclamações dos pais dos alunos do CMEI Maria José Coutinho Camargo. “Antes a rua lateral tinhas dois sentidos e podíamos estacionar na frente da entrada da creche. Agora mudaram o estacionamento para o outro lado da rua. E os carros viram em alta velocidade bem no local onde podemos estacionar, conta Rafaela Vicentim, mãe de um aluno da creche.
Outra reclamação é sobre a velocidade dos carros e até mesmo dos ônibus que trafegam pela Rua Professor Joaquim de Matos Barreto, mais uma que passou a ter sentido único. Essa rua, que é o acesso principal ao maior colégio da região, recebe todo o trânsito que anteriormente passava pela Rua João Gava, em frente à Pedreira Paulo Leminski, em direção à Mateus Leme.
“A maior preocupação hoje é com o Interbairros II que passa aqui nessa rua, que é uma descida muito íngreme e muito longa. E é um ônibus pesado, a gente sabe que ele tem mais de 20 toneladas. E ontem uma moradora filmou ele passando a mais de 50 km/h em um local onde passam crianças”, conta o administrador Caio Pitta.
Mudanças ainda não surtiram efeito na fluidez do trânsito
Os moradores reclamam ainda que as mudanças não melhoraram o fluidez do tráfego na região. “Você sai em congestionamento. Você chega em congestionamento. Está bem difícil essa circulação aqui no bairro”, reclama Adailson Sanches, dono de um comércio na Mateus Leme.
“A quantidade de veículos que passou a ter a Mateus Leme é três ou quatro vezes maior. Não vai desafogar, vai só piorar”, afirma o aposentado Cícero Grande, que mora há 43 anos na região.
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A reportagem procurou a Prefeitura de Curitiba, que respondeu em nota que a intervenção começou em 2017 e que a segunda etapa foi feita agora. Além disso, novas intervenções para a requalificação de calçadas, sinalização e ciclovias serão feitas nos próximos meses.
A prefeitura afirma ainda que “intervenções no trânsito da cidade são sempre precedidas por estudos da engenharia de tráfego que analisam o fluxo de veículos, pedestres e o impacto no trânsito. Essas análises se baseiam no monitoramento realizado pela Superintendência de Trânsito, bem como nas solicitações recebidas pela Central 156 de Atendimento ao Cidadão, Fala Curitiba e outros canais da Prefeitura”.
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