Associações reafirmam que TVs representam 74,3% do consumo de vídeos no Brasil

Entidades rebatem informação incorreta divulgada pelo Youtube, que afirmava que a plataforma de vídeos havia superado a audiência das TVs

Publicado em 12 out 2024, às 10h50.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABRATEL) desmentem uma informação divulgada pelo Youtube, que afirmava que a plataforma de vídeos havia superado a audiência das TVs abertas no Brasil. De acordo com as entidades, a plataforma utilizou erroneamente dados que misturavam “fontes, metodologias e recortes de universos diferentes” para chegar ao resultado, que não reflete a realidade.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABRATEL) desmentem uma informação divulgada pelo Youtube, que afirmava que a plataforma de vídeos havia superado a audiência das TVs abertas no Brasil. De acordo com as entidades, a plataforma utilizou erroneamente dados que misturavam "fontes, metodologias e recortes de universos diferentes" para chegar ao resultado, que não reflete a realidade.
Abert afirma que plataforma de vídeos errou ao utilizar dados, pesquisas e metodologias diversas para aferir números de audiência

Assim, baseando-se nos números auditados da Kantar Ibope Media, ABERT e ABRATEL reafirmam que a TV linear representa 74,3% de todo o consumo de vídeo, contra 25,7% de todas as plataformas de vídeo online somadas. E os canais de TV aberta representam, sozinhos, 64,5% deste consumo. As entidades ressaltam que os número demonstram uma “diferença bastante significativa a favor dos canais abertos”.

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Confira a nota na íntegra:

O mercado foi surpreendido, nesta quinta-feira (10), com manchetes sensacionalistas que apontavam a suposta superação da audiência das TVs abertas no Brasil pelo YouTube, apoiada em dados de pesquisa divulgados pelo próprio YouTube.

A informação motivou um rápido posicionamento da Kantar IBOPE Media, a quem as métricas foram atribuídas, esclarecendo que houve um equívoco: os dados divulgados pela plataforma misturavam pesquisas de declaração do consumidor, pesquisas de consumo e dados internos do YouTube, embaralhando fontes, metodologias e recortes de universos diferentes, sem refletir a audiência medida em suas pesquisas.

Dados auditados da própria Kantar IBOPE Media (CPV 2023) mostram que TV linear representa 74,3% de todo o consumo de vídeo. A TV Aberta tem 64,5%, contra 25,7% de todas as plataformas de vídeo online somadas. O consumo dos canais abertos é quase o triplo das plataformas de vídeo online. Foram quase 10 trilhões de minutos consumidos dos canais abertos em 2023 contra 3,8 trilhões das plataformas.

Diferença bastante significativa a favor dos canais abertos!

Reforçamos a necessidade de assegurar o uso íntegro de dados auditáveis e independentes para criarmos padrões seguros de comparação das medições de audiência do meio TV e das plataformas digitais.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABRATEL), a Federação Nacional das Agências de Propaganda (FENAPRO) e a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) já convocaram o mercado publicitário brasileiro para debater alternativas de integração de métricas. Este trabalho está em andamento no Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário (CENP), a fim de evitar o surgimento de soluções unilaterais, com fontes distintas e não certificadas de dados e sem a devida parametrização, que podem ser prejudiciais ao mercado.

ABERT – Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão

ABRATEL – Associação Brasileira de Rádio e Televisão”.

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