Por Humeyra Pamuk e Maggie Fick
WASHINGTON/NAIRÓBI (Reuters) – Uma aliança recém-formada de facções etíopes disse nesta sexta-feira que pretende depor o primeiro-ministro Abiy Ahmed à força ou negociando e formar um governo de transição.
O governo da Etiópia repudiou a aliança, que viu como um golpe publicitário, e disse que alguns grupos nela têm um histórico de violência étnica.
A aliança foi anunciada por líderes de facção em Washington, apesar dos apelos de líderes africanos e ocidentais por um cessar-fogo na guerra, na qual o governo central enfrenta a Frente de Libertação do Povo Tigré (TPLF), sediada no norte, e seus aliados.
Como as forças rebeldes ameaçam avançar sobre a capital Adis Abeba, nesta sexta-feira o Exército etíope pediu que ex-militares voltem às suas fileiras para combatê-las, disse a mídia estatal.
Como mais um sinal da preocupação internacional crescente, a embaixada dos Estados Unidos aconselhou todos os cidadãos norte-americanos a deixarem a Etiópia o mais cedo possível.
“O ambiente de segurança na Etiópia é muito fluído”, disse a embaixada em um comunicado.
A guerra de um ano já matou milhares de pessoas e expulsou mais de 2 milhões outras de suas casas, tendo se intensificado nas últimas semanas.
Ao anunciar a formação da Frente Unida de Forças Federalistas e Confederadas Etíopes em um evento em Washington, a aliança disse que está montando um comando para coordenar seus esforços militares e políticos.
(Por Humeyra Pamuk em Washington e Maggie Fick em Nairóbi; reportagem adicional de George Obulutsa em Nairóbi)
