A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) assume protagonismo na construção de políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher, com destaque para a 3ª edição da Caminhada do Meio-Dia contra o Feminicídio, marcada para 22 de julho, em 150 municípios do Estado.

A data escolhida remete ao brutal assassinato da advogada Tatiane Spitzner, ocorrido em 2018, em Guarapuava. A legislação aprovada na Alep prevê que a data seja marcada anualmente por mobilizações públicas, seminários e ações de conscientização sobre o feminicídio e a violência doméstica.
Em Curitiba, a caminhada sairá da Praça Santos Andrade rumo à Boca Maldita, em um horário emblemático: o intervalo do almoço. A escolha, segundo a Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), representa um momento do cotidiano em que muitas mulheres estão envolvidas em tarefas de cuidado e convivência familiar — justamente quando muitas delas estão mais vulneráveis à violência.
A Assembleia Legislativa tem atuado de forma decisiva para fortalecer a pauta. Somente na atual Legislatura, que tem o maior número de deputadas mulheres da história, com dez parlamentares, foram aprovadas, além do Código da Mulher, as leis que criaram a Câmara Criminal especializada em violência doméstica e familiar e o Programa Recomeço, que estabelece o Auxílio Social Mulher Paranaense. Além disso, a Procuradoria da Mulher da Assembleia já auxiliou a criação de procuradorias em mais de 200 municípios do estado.
A caminhada do dia 22 conta com o apoio de diversas entidades, como OAB, Justiça Federal e empresas privadas. O número de municípios participantes saltou de 103 em 2024 para 150 neste ano — um crescimento de 45%. A Assembleia reforça, mais uma vez, seu compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e segura para as mulheres.
Dados da Semipi mostram que a mobilização ganha cada vez mais força. Na primeira edição, em 2023, 74 municípios promoveram a Caminhada do Meio-Dia. O número passou para cerca de 103 no segundo ano, em 2024 – um aumento de 39%. Os 150 municípios confirmados até então representam um crescimento de 45% na adesão frente à mobilização anterior.
A Semipi sugere que as participantes usem roupas brancas, propondo uma mensagem de paz e união na construção de uma sociedade livre de qualquer forma de violência contra as mulheres.
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