Por Matt Spetalnick

WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou nesta quarta-feira lei que propõe mais sanções e outras medidas punitivas contra o governo do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que ampliou seu domínio no poder em uma eleição que Washington denunciou como farsa.

Biden, que acusou Ortega de orquestrar a votação de domingo como uma “eleição pantomima que não foi livre nem justa”, deu sua aprovação ao projeto uma semana após sua aprovação final pelo Congresso dos EUA com apoio bipartidário esmagador.

O governo Biden planeja anunciar novas sanções à Nicarágua “muito em breve”, afirmou uma autoridade graduada do Departamento de Estado à Reuters na terça-feira, dizendo que seria apenas a primeira de uma série de medidas dos EUA que “aumentarão com o tempo”.

Ortega, um ex-líder guerrilheiro marxista, conquistou seu quarto mandato consecutivo depois de prender rivais políticos e reprimir a mídia crítica em uma eleição que atraiu condenação internacional antes e depois de sua realização.

Na noite de segunda-feira, Ortega ridicularizou seus críticos norte-americanos como “imperialistas ianques” e os acusou de tentar minar o processo eleitoral da Nicarágua. Cuba, Venezuela e Rússia ofereceram apoio a Ortega.

A Casa Branca anunciou a sanção do projeto de lei por Biden quando membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) se reuniam na Guatemala para uma reunião previamente agendada, em que os Estados Unidos estão trabalhando com outros países no que esperam ser uma resolução forte contra Ortega.

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