Por Susan Cornwell

WASHINGTON (Reuters) – A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira a descriminalização da maconha em nível federal, mas não se espera que a legislação avance enquanto o Senado estiver nas mãos dos republicanos.

Foi a primeira vez que uma Casa do Congresso votou a favor do fim da proibição federal da maconha desde que a droga foi listada como uma “substância controlada” nos anos 1970.

Quinze Estados norte-americanos e o distrito de Colúmbia legalizaram o uso recreativo da maconha, e mais de 30 Estados permitem alguma variante da droga para fins medicinais. As vendas de cannabis bateram recordes no país no feriado de Ação de Graças.

Mas a proibição federal à droga persiste, o que cria conflitos com leis estaduais e limita o acesso das empresas de maconha a serviços e financiamentos de bancos.

A Câmara de maioria democrata aprovou a revogação da proibição federal por 228 votos a 164, refletindo os alinhamentos essencialmente partidários, mas o líder republicano da maioria no Senado, Mitch McConnell, se opõe à mudança, o que significa que uma proposta de descriminalização dificilmente será apreciada pelos senadores, a menos que os democratas conquistem cadeiras no Senado da Geórgia e com elas o controle do Senado em um segundo turno eleitoral no dia 5 de janeiro.

O projeto de lei aprovado pela Câmara permitiria aos Estados regulamentar a maconha, explicou o deputado democrata Earl Blumenauer, copresidente do Caucus Congressual da Maconha, em um debate.

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447702)) REUTERS AC

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