Curitiba - Curitiba tem hoje o maior e mais famoso Natal do Brasil. Mas demorou um tempo para a cidade entender que poderia ser mais do que decoração e eventos pontuais. Inspirada no sucesso do Palácio Avenida, que há décadas fazia sucesso internacional, a Prefeitura de Curitiba entendeu que poderia fazer um evento maior, estruturado e cheio de magia, que hoje é referência nacional em quantidade de público, impacto econômico e turismo.

Espetáculo de natal no Parque Náutico.
Natal no Parque Tanguá é opção do Natal Curitiba (Foto: reprodução/ Ricardo Marajó/SECOM)

O Natal de Curitiba – Luz dos Pinhais, lançado oficialmente em 2017, marcou uma virada. A cidade deixou de ter ações isoladas e passou a oferecer um evento integrado, com programação contínua, identidade visual própria e atrações espalhadas por parques, ruas históricas, praças e equipamentos culturais.

O nascimento de um grande projeto urbano

A primeira edição do Natal de Curitiba nasceu com um objetivo claro: democratizar o acesso às atrações natalinas e, ao mesmo tempo, fortalecer o turismo na baixa temporada. Desde o início, a proposta foi oferecer eventos gratuitos, em diferentes regiões da cidade, criando uma experiência que pudesse ser vivida tanto por moradores quanto por visitantes.

Em 2017, a estreia reuniu cerca de 300 mil pessoas. O número já era expressivo, mas o que chamou atenção foi a resposta do público. Famílias passaram a organizar passeios específicos para “ver o Natal”, turistas começaram a incluir Curitiba no roteiro de dezembro, e a cidade descobriu um novo potencial econômico e cultural.

Crescimento acelerado

Nos anos seguintes, o crescimento foi contínuo e consistente. A cada edição, o Natal de Curitiba ganhou mais atrações, mais dias de programação e maior alcance urbano. Em 2018, o público mais que dobrou, ultrapassando 600 mil pessoas.

Em 2019, antes da pandemia, o evento já atraiu cerca de 750 mil visitantes, entre os quais havia mais de 100 mil turistas, vindos de vários estados brasileiros. A cidade passou a ser reconhecida nacionalmente como um destino natalino, com impacto direto na hotelaria, gastronomia, transporte, comércio e serviços. A movimentação econômica acompanhou o crescimento do público, chegando a mais de R$ 70 milhões ainda no período pré-pandemia.

palácio avenida, no centro de Curitiba, durante apresentação do Natal de 2025, com o prédio todo iluminado
(Foto: Divulgação/Prefeitura de Curitiba)

A pandemia e a capacidade de adaptação

Assim como outros grandes eventos, o Natal de Curitiba precisou se reinventar durante a pandemia de Covid-19. Em 2020 e 2021, a programação não foi cancelada, mas adaptada.

A cidade apostou em decorações ampliadas, atrações ao ar livre, experiências visuais, formatos drive-thru e controle de público. Mesmo com restrições, o evento conseguiu manter parte do encantamento e preservar a marca do Natal curitibano.

Essa decisão se mostrou estratégica. Ao invés de interromper a tradição, Curitiba manteve o vínculo emocional com o público e preparou o terreno para uma retomada ainda mais forte.

A retomada e o salto histórico

Com o retorno das atividades presenciais, o Natal de Curitiba viveu sua maior expansão. Em 2022, o público voltou a crescer, superando os números de 2019. Mas foi a partir de 2023 que o evento atingiu outro patamar.

A cidade ultrapassou a marca de 2 milhões de espectadores, espalhados por cerca de 40 dias de programação. Em 2024, o recorde foi novamente superado, com cerca de 2,28 milhões de pessoas, quase 300 mil turistas e excursionistas e aproximadamente R$ 400 milhões injetados na economia local.

O número de atrações também impressiona: de poucas dezenas na estreia para cerca de 180 eventos, entre espetáculos musicais, apresentações teatrais, feiras, experiências imersivas e cenários iluminados.

Além dos números: o encantamento

O sucesso do Natal de Curitiba não se explica apenas por estatísticas. O evento conquistou o público pelo encantamento. Crianças, adultos e idosos percorrem parques iluminados, se emocionam com espetáculos gratuitos, lotam ruas históricas e compartilham a experiência nas redes sociais.

A cidade se transforma. O clima urbano muda. O Natal deixa de ser apenas uma data no calendário e passa a ser uma vivência coletiva, que mistura cultura, lazer, turismo e memória afetiva. E o melhor de tudo: numa era de excesso de telas, famílias inteiras se reúnem para aproveitar as atrações. E só usam o celular para registrar os bons momentos.

Patrocínio: Cini, Vivi Carrinhos

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui