Por Will Dunham
WASHINGTON (Reuters) – Cerca de 110 milhões de anos atrás, ao longo de uma lagoa pré-histórica no que é hoje o nordeste do Brasil, um dinossauro bípede, do tamanho de um frango, do período Cretáceo fazia a vida caçando insetos e talvez alguns pequenos vertebrados, como sapos e lagartos.
Em seu interior, era comum, com um esqueleto semelhante ao de muitos pequenos dinossauros do período anterior, o Jurássico, disseram cientistas nesta terça-feira. No exterior, era tudo menos normal.
Este dinossauro, batizado de “Ubirajara jubatus”, possuía uma juba composta de estruturas similares a cabelos, e também ostentava duas estruturas, similares a fitas, provavelmente feitas de queratina – a mesma substância que compõe unhas e cabelos – que saíam de seus ombros.
“Há muitos outros dinossauros estranhos, mas esse é diferente de qualquer um deles”, disse o professor de paleobiologia David Martill, da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, que ajudou a liderar o estudo publicado na revista Cretaceous Research.
As estruturas similares ao cabelo do Ubirajara parecem ser um tipo de penas rudimentares, chamadas de protopenas. Elas não consistiam em cabelo de fato, uma característica exclusiva dos mamíferos. Mas muitos dinossauros tinham penas. Como se sabe, os pássaros evoluíram de pequenos dinossauros plumados há cerca de 150 milhões de anos.