A energia é um dos principais gargalos verificados pelos industriais, e o custo, a qualidade e a disponibilidade dessa fonte é essencial para que o segmento consiga continuar crescendo. A segurança no fornecimento, a previsibilidade regulatória e a necessidade de diversificação de energia também são focos de preocupação de milhares de empresários que buscam alavancar os seus negócios.

O assunto foi abordado no novo episódio do Momento Indústria do Sistema Fiep, que vai ao ar todo sábado na Jovem Pan News Paraná.
O programa contou com a participação de Carlos André Fiúza, especialista técnico em eficiência energética e membro do Conselho Temático de Energia da Fiep; e Cinthia Mombach, gerente jurídica e de Compras da Incepa Revestimentos Cerâmicos, empresa do Grupo Lamosa — um dos maiores fabricantes de revestimentos do mundo.
A eficiência energética é um dos principais fatores que podem impactar na competitividade das indústrias e, por conta disso, o tema foi alvo de mais uma rodada de oficinas temáticas realizadas pela Federação das Indústrias do Paraná realizou ao longo de outubro.
Estes encontros foram organizados pelos Conselhos Regionais da Fiep e pelo Conselho Temático de Energia, e conduzidos por técnicos e gestores da instituição.
Cinthia Mombach, gerente jurídica e de Compras da Incepa Revestimentos Cerâmicos, frisou que o custo do gás pago pelas empresas paranaenses, por exemplo, impacta diretamente na competitividade dos produtos frente ao mercado internacional.
“Aqui no Brasil a gente paga US$ 13,5 por milhão de BTU, que é uma unidade utilizada para medir a energia do gás. No México ou nos Estados Unidos, deve chegar em torno de US$ 3,5 dólares. Ou seja, é uma diferença muito grande para um insumo que representa 30% do nosso custo de produção, e afeta diretamente a competitividade dos nossos produtos. A gente que exporta acaba perdendo competitividade por conta desse custo de energia que é tão pesado e tão diferente quando comparado com custos internacionais”, ressaltou.
Carlos André Fiúza, especialista técnico em eficiência energética e membro do Conselho Temático de Energia da Fiep, reforça que o crescimento industrial está diretamente ligado a eficiência energética.
“O processo de produção envolve muita automação, e essa automação se torna mais sensível à questão da qualidade da energia. Então essa qualidade energética tem que estar adequada aos próprios equipamentos. Para se tornar um estado com uma indústria competitiva você tem que garantir que a energia seja entregue em quantidade, seja elétrica ou a gás, em qualidade necessária, e que essa fonte de energia seja resiliente para poder passar por temporais e estas questões climáticas que estamos passando”, pontuou.
Fiúza também destaca que a diversificação da matriz energética das indústrias também pode garantir maior segurança e economia para os empresários.
A adoção de fontes renováveis, como a solar, a eólica e a biomassa pode reduzir a dependência de fontes únicas, como a hídrica, tornando a indústria menos vulnerável a flutuações climáticas e crises energéticas, além de poder trazer ganhos operacionais.
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