Curitiba - Empresários reunidos durante o 5° Seminário de Negócios Internacionais, em Curitiba, debatem soluções para seguir competindo no mercado internacional, mesmo diante das adversidades recentes. O cenarista internacional Marcos Troyjo, ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), afirmou que este é um momento inédito para o mundo dos negócios, especialmente entre Brasil e Estados Unidos, que são parceiros comerciais há mais de 200 anos.

“Gostemos ou não, estamos em um outro jogo e temos que navegar em um território no qual talvez a gente ainda não tenha GPS, não saiba que bússola utilizar”, afirmou Troyjo.
Luciano Menezes, CEO do WTC Lisboa, assinalou a necessidade de aumentar a participação do Brasil nas exportações, mercado que movimenta US$ 33 trilhões no mundo. Luciano compara o Brasil, que exporta 15% do seu PIB, com qualquer outro país da Europa, que exporta, no mínimo, 35%.
“No caso de Portugal, atingimos 50% de exportação e estamos falando de um país de dimensões bem menores que o Brasil. Em Sófia, capital da Bulgária, onde estive recentemente, a exportação chega a 65%”, observou.
Além da expansão do volume exportado, Menezes mencionou que apenas 7% das exportações brasileiras são constituídas por produtos de alto valor agregado, sendo que a maioria dos volumes exportados é formada por commodities. “Precisamos estimular empresas de tecnologia ou indústrias para que possam se internacionalizar”, ressalta ele.
Gilberto Peralta, presidente do Conselho da Airbus Brasil, chama a atenção para o mercado interno em potencial, com 210 milhões de pessoas, a sétima maior população mundial. Peralta, que também é conselheiro do WTC Curitiba, Joinville, Balneário Camboriú, Porto Alegre, Sinop e Brasília, avaliou que no mercado interno existe uma classe média maior do que a de outros países. “O Brasil provavelmente é o país com a maior quantidade de oportunidades. Só precisa melhorar o quadro fiscal e legal”, destacou.
Empresários debatem soluções para o mercado internacional: unidades no exterior geram oportunidades
O empresário gaúcho Vinícius Dutra, que prepara empresas para a internacionalização, também prevê a importância da aproximação e relacionamento para promover o crescimento no comércio exterior.
“As empresas brasileiras têm uma cultura de querer só vender para fora do país e quem exporta vende preço. Quando você está com uma unidade em outro país, isso faz com que crie um relacionamento, que gera confiança e se transforma em margem”, esclarece.
Para ele, as empresas que estão vendendo possuem unidades fora do país, porque entenderam que não se tratava apenas de exportar, mas estar presentes na localidade. “Quando você começa em outro país, o risco da sua empresa cai e você passa a ter acesso a mais capital com um custo muito mais baixo”, disse Dutra.
Para consolidar o Paraná como o melhor lugar para o destino de investimentos estrangeiros, foi lançado na quarta-feira (13) o Paraná4Business, com o objetivo de impulsionar o crescimento da indústria paranaense através da ampliação da presença global.
Com mais de 20 painéis, palestras e eventos de relacionamento, o 5º Seminário de Negócios Internacionais consolida-se como um espaço estratégico para fomentar o comércio exterior, a inovação e a integração empresarial entre o Brasil e o mundo.
O Seminário teve a cobertura integral da rádio Jovem Pan News, da RICtv Curitiba e do portal Ric.com.br. A TOPVIEW mostrou momentos de integração nas redes sociais. Entrevistas ao vivo e reportagens podem ser acompanhadas nos canais de rádio e TV e também pelo YouTube e redes sociais.
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